Educação – a verdadeira alternativa ao trabalho infantil

No dia 12 de Junho é comemorado o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil. Em todo o mundo, segundo números da Organização Internacional de Trabalho, cerca de 200 milhões de crianças, entre os 5 e os 17 anos, trabalham. Aproximadamente 165 milhões de crianças com idades entre os 5 e os 14 anos, faltam ou abandonam definitivamente a Escola para trabalhar. São estas crianças, as que não vão para a Escola, que mais facilmente entram na “clandestinidade”, e que estão mais susceptíveis de entrar em redes de tráfico, de pedofilia e de prostituição. No dia 12 de Junho, a CNASTI, tal como centenas de organizações no mundo inteiro, quer lembrar que só a Educação de Qualidade é a Verdadeira Alternativa ao Trabalho Infantil. Em Portugal, o trabalho infantil continua a existir em sectores como a agricultura, a construção civil e “ao domicílio”. As fábricas, sobretudo do sector têxtil e do calçado, raramente empregam crianças nas suas instalações mas entregam trabalho para que as famílias – incluindo as crianças – o façam em casa. Embora sem número oficiais, é certo que muitas crianças passam horas a coser sapatos ou a cortar linhas em roupa. O trabalho infantil artístico é outra das preocupações da CNASTI. Nas novelas, nos musicais, na publicidade, na moda e nos filmes há cada vez mais crianças a trabalhar. Um trabalho diferente do “tradicional” mas que, da mesma forma, tira os menores da escola e obriga-os a ter uma vida muito pouco adequada à idade que têm. Por tudo isto, a Confederação Nacional de Acção Sobre Trabalho Infantil defende a Escola como alternativa ao Trabalho. Em seminários, conferências e acções realizadas em pareceria com a Organização das Nações Unidas/Objectivos do Milénio, a CNASTI defende a Valorização da Escola e das Aprendizagens. A Escola é, e será sempre, a primeira instituição que as crianças encontram e deve ser um espaço capaz de formar cidadãos activos. Na Escola, o aluno é o centro do projecto educativo. No Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, frisamos que a Escola é dos alunos e para os alunos. São eles o princípio, o meio e o fim de uma Escola de sucesso.

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