Ecumenismo: Papa destaca «oportunidade» de renovar e aprofundar relações com delegação checa

Cidade do Vaticano, 15 jun 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco recebeu hoje em audiência uma delegação da República Checa por ocasião dos 600 anos da morte do teólogo Jan Hus (1369-1415) e destacou a oportunidade para renovar e aprofundar relações entre comunidades.

“Muitas disputas do passado pedem para ser revistas à luz do novo contexto no qual vivemos. Acordos e convergências serão alcançados se encararmos as tradicionais questões que provocam conflitos com um olhar novo”, disse Francisco, divulga a Sala de Imprensa da Santa Sé.

Aos representantes da Igreja hussita e da Igreja evangélica dos Irmãos checos assinalou que não se podiam esquecer a comum “profissão de fé em Deus Pai, no Filho e no Espírito Santo” na qual foram batizados e “une em vínculos de autêntica fraternidade”.

Depois, Francisco relembrou que “já passaram seis séculos” desde que morreu “tragicamente o pregador de renome” e reitor da Universidade de Praga e recordou que São João Paulo II num simpósio internacional dedicado a Jan Hus, em 1999, manifestou a sua “tristeza pela cruel morte infligida e inseriu-o entre os reformadores da Igreja”.

“À luz desta abordagem, é necessário continuar o estudo sobre a sua pessoa e obra que há muito tem sido um tema de discórdia entre os cristãos e hoje tornou-se um incentivo para o diálogo”, observou.

Ainda sobre o antigo reitor da Universidade de Praga assinalou que a pesquisa, “conduzida sem condicionantes ideológicas”, vai ser “um importante serviço à verdade histórica”, a todos os cristãos e para a sociedade, “mesmo além das fronteiras da sua nação”.

O Papa depois citou o Concílio Vaticano II explicando que afirmou que a “renovação da Igreja”, que tem um “significado ecuménico notável”, é sem dúvida a base do “movimento em direção da unidade”.

Para Francisco, a comunhão “visível entre os cristãos” vai certamente “fazer mais credível o anúncio” hoje, “em particular”, quando há a necessidade de “uma nova evangelização de muitos homens e mulheres que parecem indiferentes à notícia alegre do Evangelho”.

CB

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