Ecologia: Papa plantou árvore de Assis nos Jardins do Vaticano, com líderes indígenas da Amazónia (c/vídeo)

Gesto simbólico encerra mês de ação ecuménica pelo ambiente, a dois dias do início do Sínodo especial sobre a Amazónia

Cidade do Vaticano, 04 out 2019 (Ecclesia) – O Papa plantou hoje uma árvore vinda de Assis, nos Jardins do Vaticano, acompanhado por líderes indígenas da Amazónia, para encerrar a iniciativa ‘Tempo da Criação’, cinco semanas de oração e ação ecuménica em defesa do ambiente.

A cerimónia decorreu na data em que o calendário católico assinala a festa de São Francisco de Assis, e a dois dias do início da assembleia especial do Sínodo dos Bispos sobre a região pan-amazónica.

Francisco plantou uma azinheira, como símbolo da sua proposta de “ecologia integral”.

O Papa já referiu várias vezes que foi São Francisco de Assis a inspirar o nome da sua encíclica ‘Laudato Si’, sobre o “cuidado da casa comum”.

O evento, organizado pela Ordem dos Frades Menores, pelo Movimento Católico Mundial para o Clima (GCCM) e pelo REPAM (Rede Eclesial Pan-Amazónica), teve como objetivo comunicar a importância do “Tempo da criação”, consagrando ainda o próximo Sínodo da Amazónia a São Francisco de Assis, em busca do “de novos caminhos para a Igreja e uma ecologia integral nesta região chave para o mundo”.

Uma delegação de indígenas cantou e rezou nas suas próprias línguas, durante a cerimónia no Vaticano.

O cardeal Cláudio Hummes arcebispo emérito de São Paulo, presidente da REPAM – Rede Eclesial Pan-Amazónica e relator-geral do Sínodo 2019, elogiou a consagração desta assembleia especial a São Francisco de Assis.

“Que São Francisco nos ajude a cuidar da nossa casa comum e dos pobres”, declarou.

Durante a cerimónia foi recitada uma oração de consagração do Sínodo para a Amazónia a São Francisco, rezando pela “compreensão do fino tecido da vida” e pelo respeito da “diversidade de culturas”.

A árvore foi plantada com terra oriunda de vários locais do mundo, incluindo uma homenagem aos “mártires” da região amazónica, que foram mortos pela sua defesa dos povos indígenas e da natureza.

O encontro encerrou-se com a recitação da oração do Pai-Nosso.

OC

 

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