Direitos Humanos: Monumentos iluminados de vermelho lembram perseguição religiosa

«Red Wednesday» é uma campanha global da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre

Lisboa, 27 nov 2019 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) vai iluminar hoje alguns monumentos simbólicos em Portugal, e em diversas cidades de todo o mundo, numa iniciativa que pretende combater a indiferença da sociedade perante a perseguição aos cristãos.

Uma nota enviada à Agência ECCLESIA informa que Lisboa, Porto, Braga, Bragança e Almada são algumas das cidades que asseguraram que “vão estar unidas à Fundação AIS, o que traduz uma adesão crescente de Portugal a esta iniciativa”, salienta o comunicado.

Na jornada de sensibilização vão ser iluminados de vermelho, “a cor que simboliza o sangue dos mártires”, monumentos como o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa; a Sé Catedral, em Bragança; a Basílica dos Congregados, em Braga; o Santuário de São Bento da Porta Aberta, também em Braga; e o Santuário do Cristo Rei, em Almada, “decorrendo em todos eles momentos de oração pelos Cristãos perseguidos”.

Além de Portugal, outros países associaram-se já a esta iniciativa da fundação pontifícia numa campanha global conhecida como ‘Red Wednesday’: Alemanha, Chile, Estados Unidos, Austrália, Canadá, Reino Unido, Áustria, Holanda, Eslováquia, Filipinas e Itália.

A adesão da sociedade portuguesa a esta iniciativa da Fundação AIS tem-se revelado “cada vez maior, com a participação, de norte a sul do país, de paróquias, movimentos e grupos que não querem deixar passar esta oportunidade sem manifestarem a sua solidariedade por todos os homens, mulheres e crianças impossibilitados de viver a sua fé em total liberdade”.

Com esta iniciativa, a fundação pontifícia procura dar “um sinal de que no nosso país os cristãos perseguidos não são esquecidos”.

Praticamente um mês depois do lançamento em Lisboa do relatório sobre a perseguição aos cristãos no mundo, a AIS volta “a chamar a atenção da sociedade portuguesa para este drama que afeta cerca de 300 milhões de pessoas”.

O relatório «Perseguidos e Esquecidos?», lançado em Lisboa em Outubro, é taxativo na avaliação que faz da questão da perseguição aos Cristãos.

A situação no Médio Oriente revela-se “mesmo dramática” e a “forte instabilidade que se vive na região poderá vir a acelerar o fim do cristianismo em países como a Síria ou o Iraque, se a comunidade internacional não atuar rapidamente”.

No entanto, “infelizmente, tanto Ásia como África revelam também sinais inquietantes de crescente hostilidade” para com os cristãos.

Perante esta realidade, em que “milhões de pessoas” em todo o mundo “não podem professar a sua fé em liberdade, pois são perseguidas, intimidadas, presas e muitas vezes mortas, impõe-se a mobilização da sociedade”, alerta.

Em Portugal, a Fundação Ajuda à Igreja que Sofre vai também dedicar a sua Campanha de Natal em favor dos Cristãos perseguidos em África, continente que tem sido palco de violência crescente contra esta comunidade religiosa, nomeadamente na Nigéria, Sudão do Sul, Camarões ou República Centro-Africana.

LFS

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