Dia Mundial do Migrante e Refugiado: « É necessário caminhar juntos, sem preconceitos, sem medos», pede o Papa

Francisco lamenta «portas fechadas» para quem procura uma vida nova

Foto: Lusa/EPA

Cidade do Vaticano, 26 seti 2021 (Ecclesia) – O Papa Francisco assinalou hoje no Vaticano o 107.º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, pedindo o fim dos “preconceitos” perante quem procura uma nova vida, longe da sua terra.

“É necessário caminhar juntos, sem preconceitos, sem medos, estando ao lado de quem é mais vulnerável”, disse, após a recitação da oração do ângelus, com transmissão online, desde a janela do apartamento pontifício.

Francisco apelou à solidariedade para com “migrantes, refugiados, deslocados, vítimas do tráfico e abandonados”.

“Somos chamados a construir um mundo cada vez mais inclusivo, que não exclua ninguém”, insistiu.

O Papa recordou as comunidades católicas que, nas várias partes do mundo, estão a celebrar esta jornada, saudando as várias comunidades étnicas presentes na Praça de São Pedro, com as suas bandeiras, e os responsáveis por vários projetos de acolhimento a migrantes.

“Obrigado a todos pelo vosso generoso compromisso”, declarou.

A jornada tem como tema, em 2021, ‘Rumo a um nós cada vez maior’.

Francisco convidou os presentes a visitar um monumento colocado há dois anos na Praça de São Pedro, “o barco com os migrantes”.

“Vejam o olhar dessas pessoas, sintam nele a esperança que tem hoje cada migrante, de recomeçar a viver”, recomendou.

“Não fechemos as portas à sua esperança”, concluiu.

A escultura foi inaugurada em 2019; feita em bronze e argila, retrata um grupo de migrantes de várias culturas e diferentes períodos históricos.

A obra de arte, em forma de barco, foi inspirada na Carta aos Hebreus, um dos livros do Novo Testamento: ‘Não se esqueçam da hospitalidade; alguns, praticando-a, acolheram anjos sem o saber’.

O autor, Timothy Schmalz, retratou 140 rostos reais de migrantes e refugiados.

OC

Dia Mundial do Migrante e Refugiado: Papa alerta para risco de nacionalismos «agressivos» e sociedades mais fechadas (c/vídeo)

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