Dia Mundial do Ambiente: «Sustentabilidade» é uma das marcas da organização e realização da JMJ lisboa 2023

Três voluntários destacam projetos futuros e atuais, como a Plantação Mundial de Árvores

Lisboa, 05 jun 2023 (Ecclesia) – A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 está a ser organizada de forma sustentável, visível numa carta-compromisso, na Plantação Mundial de Árvores, num ‘Diário da Sustentabilidade’, e no futuro kit do peregrino, em destaque neste Dia Mundial do Ambiente.

“Um projeto que se está a desenvolver é uma calculadora de impacto ambiental para que o peregrino possa conhecer hábitos diferentes, estilos de vida, e como pode ajudar o meio ambiente”, disse à Agência ECCLESIA,António Salcedo, do Gabinete Diálogo e Proximidade do Comité Organizador Local (COL) da JMJ 2023.

O jovem voluntário, responsável do Movimento internacional ‘Laudato Si’, para língua espanhola, salientou que estão a ser pensadas “várias atividades surpresa sobre sustentabilidade”, numa entrevista realizada a respeito do Dia Mundial do Ambiente, que se comemora anualmente a 5 de junho.

Já Sofia Monteiro, que está a fazer o ‘Diário da Sustentabilidade’ da JMJ Lisboa 2023, explicou que fizeram “os possíveis” para que todos os materiais, nomeadamente do ‘Kit do peregrino’, tenham a marca da sustentabilidade, e destaca a “garrafa reutilizável”.

“Vão poder levar e usar para reabastecer em pontos de água para não precisarem de ser distribuídas tantas garrafas de plástico”, acrescentou a jovem bióloga, com mestrado em Biologia Forense.

Luísa Neto Rebelo, também do COL da JMJ Lisboa 2023, destacou que vão existir “vários pontos de distribuição de água”, durante a Jornada Mundial da Juventude, de 1 a 6 de agosto, para que “possam reabastecer e é só uma garrafa por peregrino, e não são quatro ou cinco por dia que provocam desperdício enorme”, numa parceria com o Município da capital portuguesa e a EPAL, a empresa responsável pelo abastecimento de água à cidade.

Os três convidados do Programa ECCLESIA, transmitido hoje na RTP2, consideram que o tema da sustentabilidade já é e será uma marca da primeira edição da JMJ em Portugal, que no Dia da Terra 2022 (22 de abril) lançou a carta-compromisso ‘Juntos por uma Jornada Mundial da Juventude mais sustentável’.

“Assenta em quatro alicerces: compromisso, formação, sensibilização e ações concretas. O ‘Diário da Sustentabilidade’ faz parte das ações concretas, é o instrumento que nos vai permitir medir o impacto ambiental que as Jornadas vão ter como um todo e vai estar dividido em três partes: preparação para as jornadas, as jornadas em si, e as pós-jornadas”, desenvolveu Sofia Monteiro.

A jovem bióloga adianta também que esse ‘Diário da Sustentabilidade’ “vai ser um projeto global”, em princípio, vai servir para os organizares de Jornadas Mundiais da Juventude “futuras terem uma referência que lhes permitirá serem mais ecológicos”, vai ser para “toda a gente”.

António Salcedo destacou a “importância da proteção do meio ambiente” em países como Espanha e Portugal, “com os incêndios ou a seca”, e pode servir para “sensibilizar” que as alterações climáticas “não são só na Antártida ou na Amazónia”.

O voluntário espanhol contextualiza que este tema não é novo na Igreja Católica, para quem conhece a Doutrina Social da Igreja, e os Papas Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI, “falaram muito do tema e da importância do cuidado do meio ambiente”, mas, com Francisco, “ganhou um novo significado e a Igreja põe-se no tempo atual para falar com todos para uma reflexão sobre este clamor da terra e do grito dos mais pobres”.

Luísa Neto Rebelo realça que o tema da sustentabilidade “tem muito impacto nas pessoas, principalmente nos jovens”, e recorda que participou na plantação de 1000 árvores autóctones, numa zona atingida por incêndios florestais, em 2022, em Aveiro, um ‘Parque Verde’ dedicado à Jornada Mundial da Juventude.

Esta ação de reflorestação foi uma das que respondeu ao desafio mundial de plantação de árvores lançado pelo COL para a JMJ Lisboa 2023, em parceria com a ‘Global Tree Initiative’ (GTI), e que pode ser acompanhado e registado online, para compensar a pegada ambiental gerada durante o maior encontro de jovens de todo o mundo com o Papa, de 1 a 6 de agosto.

“Todos os parceiros com quem estamos a trabalhar, todas as pessoas que nos estão a ajudar, voluntários, municípios, estão a fazer projetos que depois tenham interesse em continuar no futuro. O impacto ambiental é tão grande que o ideal é continuar a trabalhar nesse sentido de modo a conseguir crescer na sustentabilidade”, desenvolveu Luísa Neto Rebelo, salientando que o “ideal é que não pare com as Jornadas”

Segundo esta responsável, a Plantação Mundial de Árvores “é uma coisa inédita” e, em Portugal, já plantaram “7 mil árvores”, que também se realizou em países como “Espanha, França, Brasil, Austrália, Coreia do Sul, Índia, Angola, Paquistão e Guiné”.

PR/CB/OC

 

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