Dehonianos: Congregação lembra «vida e testemunho» de D. António Sousa Braga, «confrade inesquecível»

«A Província Portuguesa apresenta à sua família e a toda a Diocese de Angra os sentimentos de pesar» – Padre João Nélio Pereira

Lisboa, 22 ago 2022 (Ecclesia) – Os Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) em Portugal dão “graças a Deus pelo dom que foi a vida e o testemunho” de D. António Sousa Braga, que faleceu esta segunda-feira, em Lisboa, recordando um “confrade inesquecível”.

“A sua simplicidade e bondade e a forma como se empenhou no serviço da Província e da Congregação, tornaram-no para nós uma pessoa, um confrade inesquecível”, escreveu o superior provincial dos Dehonianos, na nota publicada online.

D. António de Sousa Braga, bispo emérito de Angra, faleceu hoje em Lisboa, aos 81 anos de idade, informou a Congregação dos Dehonianos, a que pertencia, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

O responsável açoriano faleceu na clínica onde fazia tratamentos diários, na sequência de uma paragem cardio-respiratória.

O padre João Nélio Pereira assinala que como província portuguesa, os Dehonianos dão “graças a Deus pelo dom” que foi “a vida e o testemunho do D. António”.

“Pedimos a Deus que o acolha neste momento junto do seu coração. Esse coração que o atraiu e o levou a uma consagração total. Que no coração de Deus ele encontre o descanso e a paz”, acrescenta o superior provincial dos dos Sacerdotes do Coração de Jesus em Portugal.

A Província Portuguesa apresenta “os sentimentos de pesar” à família de D. António de Sousa Braga e a toda a Diocese de Angra, onde exerceu o Ministério Episcopal entre 1996 e 2016.

O padre João Nélio Pereira adianta que estão a organizar as celebrações fúnebres e quando tiverem informações vão comunicar pelo seu sítio online.

António de Sousa Braga nasceu a 15 de março de 1941, na freguesia de Santo Espírito, ilha de Santa Maria, nos Açores, o quinto de 10 irmãos; terminada a escola primária, frequentou o 1.º e 2.º ciclos liceais de então no Colégio Missionário Sagrado Coração, no Funchal, e o 3.º no Instituto Missionário Sagrado Coração, em Coimbra, iniciando depois do tempo e noviciado, em Aveiro.

De 1962 a 1964, frequentaria o curso de filosofia em Monza e, após um estágio de vida religiosa em Portugal, frequentou, de 1966 a 1970, o curso de teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana.

A 17 de maio de 1970, dia de Pentecostes, no contexto das celebrações dos seus 50 anos de ordenação sacerdotal, o Papa São Paulo VI ordenou 278 presbíteros originários de todos os continentes: entre eles o diácono dehoniano da já então Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus, António de Sousa Braga.

Após ter colaborado na formação de jovens religiosos, no Seminário Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide, foi eleito Superior Provincial dos Sacerdotes do Coração de Jesus em 1976, quando tinha 35 anos, por dois mandatos.

A partir de 1983, o trabalho do padre Braga passa pela formação e a paróquia em Alfragide até ser nomeado conselheiro no governo geral dos dehonianos, em maio de 1991

A 9 de abril de 1996, o Papa São João Paulo II chamou-o ao episcopado, nomeando-o 38.º bispo de Angra, nos Açores, onde foi ordenado bispo no dia 30 de junho de 1996, na Sé de Angra, por D. Aurélio Granada Escudeiro, a quem sucedia.

D. António de Sousa Braga foi bispo de Angra até 15 de março de 2016, quando, completados os 75 anos de idade, o Papa Francisco aceitaria o seu pedido de resignação, sucedendo-lhe no cargo D. João Lavrador, desde 29 de setembro de 2015, bispo coadjutor com direito de sucessão.

Após a sua resignação, D. António de Sousa Braga quis voltar aos Sacerdotes do Coração de Jesus, ao Seminário de Nossa Senhora de Fátima, em Alfragide, onde foi formador e superior da comunidade.

PR/OC/CB

 

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