Irmãs de São José de Cluny acolhem jovens universitários de várias nacionalidades no Centro «In Manus Tuas», no Porto
Porto, 13 out 2021 (Ecclesia) – A irmã Tânia Encarnação, Religiosa de São José de Cluny e responsável do Centro In Manus Tuas, no Porto, disse à Agência ECCLESIA que “dentro da casa se vive o espírito missionário” e onde os “longes se fazem perto”.
“É uma riqueza muito grande e sentir os longes tão perto e sentir o mundo em nossa casa, neste espírito missionário, acolher os jovens oriundos de várias partes de mundo, sem ter a experiência de ir de avião ou barco, e experimentar esta riqueza cultural e religiosa porque, por exemplo, também os irmãos muçulmanos tinham um espaço para as suas orações”, revela.
A irmã Tânia Encarnação é a responsável por este Centro que, em 2016 a partir de um sonho de D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto, recebeu uma nova missão: acolher e acompanhar jovens universitários de várias nacionalidades que vinham estudar para a cidade e “chegou a ter 27 nacionalidades diferentes”.
“É bonito encontrar na casa espaços onde todos se podem sentir em casa, mesmo no tempo de pandemia, a maior parte dos alunos de Erasmus ficaram na residência, foram 32 universitários, e foi muito bonito ver a forma como se uniram e assumiram novas tarefas e o serviço todo da casa”, conta.
“O trabalho de comunhão, hospitalidade e interajuda como se se tratasse da sua casa” é sublinhado pela religiosa que ali viveu essa fase a “acompanhar muitas vezes as famílias de longe e as dificuldades” que os jovens sentiam.
“Tivemos a oportunidade de perceber o valor de acompanhar os jovens, que aqui encontram a sua segunda família”, refere a irmã Tânia.
Inicialmente começou como uma residência universitária para meninas, que vinham estudar para o Porto, com regras rígidas, que não se adaptavam aos novos tempos e a irmã Otília Gonçalves, que na fase de renovação da residência coordenava a casa, recorda que a fundadora da congregação, Ana Maria Javouhey, pedia sempre “para as religiosas serem do seu tempo”.
“Ficou a alegria de me sentir missionária dentro de casa e a alegria de viver a minha faceta, enquanto consagrada, de ser mãe, que acolhe, olha, escuta e está, ali sentia que estava a ser missionária”, explica a religiosa atualmente a residir na comunidade de Coimbra.
Neste início de ano letivo a casa acolhe 49 jovens, “universitários em Erasmus e outros estudantes de doutoramentos” e há espaços que fazem memória “com símbolos e elementos concretos da cultura, gastronomia e religiosidade” que evocam as várias nacionalidades.
As «Conversas na ECCLESIA» desta semana trazem experiências missionárias que pode acompanhar online, de segunda a sexta-feira, pelas 17h00.
SN