Consistório 2024: Papa anuncia criação de 21 cardeais, incluindo arcebispo de Teerão

Celebração marcada para 8 de dezembro, no Vaticano

Cidade do Vaticano, 06 out 2024 (Ecclesia) – O Papa anunciou hoje a criação de 21cardeais, entre eles o arcebispo de Teerão e vários colaboradores próximos da Cúria Romana.

Francisco falava desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus, adiantando que o próximo consistório vai decorrer a 8 de dezembro, solenidade litúrgica da Imaculada Conceição, no Vaticano.

A lista inclui 20 futuros eleitores, num eventual conclave, e o antigo núncio apostólico D. Angelo Acerbi, com 99 anos de idade.

O bispo ucraniano D. Mykola Bychok, da Eparquia dos Santos Pedro e Paulo de Melbourne dos Ucranianos (Austrália), de 44 anos, vai tornar-se o mais jovem membro do Colégio Cardinalício.

“A sua proveniência exprime a universalidade da Igreja que continua a proclamar o amor misericordioso de Deus a todos os homens da terra. A inclusão dos novos cardeais na diocese de Roma manifesta também o vínculo inquebrantável entre a Sé de Pedro e as Igrejas particulares do mundo”, referiu.

Este será o décimo consistório do atual pontificado, após os realizados a 22 de fevereiro de 2014, 14 de fevereiro de 2015, 19 de novembro de 2016, 28 de junho de 2017, 28 de junho de 2018, 5 de outubro de 2019, 28 de novembro de 2020, 27 de agosto de 2022 e 30 de setembro de 2023.

Lista dos futuros cardeais, por ordem de anúncio

D. Angelo Acerbi (Itália), núncio apostólico – não-eleitor

D. Carlos Gustavo Castillo (Peru), arcebispo de Lima

D. Vicente Bokalic Iglic (Argentina), arcebispo de Santiago del Estero

D. Luis Gerardo Cabrera (Equador), arcebispo de Guaiaquil

D. Fernando Chomali Garib (Chile), arcebispo de Santiago

D. Tarcísio Isao Kikuchi, (Japão), arcebispo de Tóquio

D. Pablo Virgilio Siongco David (Filipinas), bispo de Kalookan

D. Ladislav Nemet (Sérvia), arcebispo Belgrado

D. Jaime Spengler (Brasil), arcebispo de Porto Alegre

D. Ignace Bessi Dogbo (Costa do Marfim), arcebispo de Abidjan

D. Jean-Paul Vesco (França), arcebispo de Argel (Argélia)

D. Paskalis Bruno Syukur (Indonésia), bispo de Bogor

D. Dominique Joseph Mathieu (Bélgica), arcebispo de Teerão (Irão)

D. Roberto Repole (Itália), arcebispo de Turim

D. Baldassare Reina (Itália), bispo auxiliar de Roma, novo vigário-geral

D. Francis Leo (Canadá), arcebispo de Toronto

D. Rolandas Makrickas (Lituânia), arcipreste coadjutor da Basílica de Santa Maria Maior, Roma

D. Mykola Bychok (Ucrânia), bispo da Eparquia dos Santos Pedro e Paulo de Melbourne dos Ucranianos (Austrália)

Padre Timothy Radcliffe (Inglaterra), religioso dominicano, teólogo

Padre Fabio Baggio (Itália), subsecretário da Secção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral (Santa Sé)

Mons. George Jacob Koovakad (Índia), responsável pelas viagens pontifícias, Secretaria de Estado do Vaticano

O Colégio Cardinalício tinha, até hoje, 235 membros (122 eleitores, 113 cardeais com mais de 80 anos), incluindo D. Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa; D. António Marto, bispo emérito de Leiria-Fátima; D. José Tolentino Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e Educação; e D. Américo Aguiar, bispo de Setúbal, todos criados pelo Papa Francisco.

Aos quatro eleitores num eventual conclave somam-se D. Manuel Monteiro de Castro, penitenciário-mor emérito, criado cardeal por Bento XVI; e D. José Saraiva Martins, prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos, criado cardeal por São João Paulo II, ambos com mais de 80 anos.

OC

A partir de 8 de dezembro, 111 dos futuros eleitores num eventual conclave terão sido escolhidos pelo Papa Francisco, 24 por Bento XVI e seis por São João Paulo II.

Desde 2013, quando os cardeais eleitores da Europa representavam 56% do total, Francisco tem vindo a alargar as fronteiras das suas escolhas, com uma mudança mais visível no peso específico da África, Ásia e Oceânia – então com 22 cardeais eleitores na soma dos três continentes.

A partir do próximo consistório, a Europa passa a representar 41% do total,  com 58 eleitores (alguns dos quais com responsabilidades eclesiais noutros continentes), a América com 38, a Ásia com 24, África com 17 e a Oceânia com 3.

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