Coimbra: «Nada convoca nem agrega tanto como Fátima» – D. Virgílio Antunes

Peregrinação diocesana a Fátima convoca a levar “coragem” para propor “outras formas e caminhos de fé”

Foto: Santuário de Fátima

Fátima, 20 jul 2019 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, presidiu este sábado à peregrinação diocesana ao santuário de Fátima que considerou ser o “maior encontro” que têm e de onde levam “coragem” para propor outras “formas e caminhos de fé”.

“É muito fácil convocar as pessoas para virem em peregrinação ao santuário de Fátima, porque respondem em massa. Este é o maior encontro que temos, nada convoca nem agrega tanto como Fátima”, disse D. Virgílio Antunes em declarações à Agência ECCLESIA.

Considerando a peregrinação como momento rico do ponto de vista “espiritual e pastoral”, para projetar o futuro, “abrir os horizontes, o coração e a vida para o ano que daqui a pouco aí estará”.

“Celebrar e acolher” foi o tema que a diocese levou para a peregrinação, coincidindo com a temática do plano pastoral que o prelado considera ser decisivo.

“Consideramos que é preciso caminhar, dar passo decisivos em direção ao Cristo, há uma massa imensa que não teve encontro e queremos convocá-los”, defende.

Na missa concelebrada por todo o clero diocesano, na Basílica da Santíssima Trindade, e onde participaram movimentos de apostolado, confrarias, irmandades e misericórdias, D. Virgílio Antunes apontou a “coragem” que era necessário levar de Fátima.

“De Fátima havemos de levar a decisão de trabalhar para que tudo o que fazemos na comunidade cristã tenha como meta a vida em Cristo por meio da fé; havemos talvez de ter a coragem de transformar muitas práticas religiosas e costumes para propor outras formas e caminhos de fé que podem ter porventura menos participantes e menor impacto mediático mas que claramente estão vocacionadas para ajudar a encontrar a crescer e a testemunhar a fé”.

Com os olhos postos na Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa em 2022, D. Virgílio não esconde que é necessário reflexão e preparação. 

“As propostas vão aparecer sobretudo a partir deste ano pastoral e fazer reflexão sobre os jovens, a fé e o discernimento vocacional, tema do sínodo, e programar tudo na perspetiva da JMJ. 

Não há programa nem dinamismo mas este próximo ano é para desenvolver projetos e continuar… renovar a pastoral da juventude e vocações da nossa diocese”, adiantou.

Também a recentemente nomeada coordenadora do setor da juventude da diocese de Coimbra, Alice Cardoso, referiu à Agência ECCLESIA que falta motivação dos jovens. 

“Falta envolvência e é necessário motivar os jovens e perceber o que querem… A Igreja em Coimbra precisa de perceber que é preciso o trabalho dos jovens, um trabalho em conjunto com todos mas dando voz aos jovens.

Há uma procura dos jovens pelas atividades religiosas e de reflexão e isso é bom para uma preparação da JMJ Lisboa 2022 e haverá interesse em participar”, afirmou.

CB/SN

 

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