Coimbra: «Jovens são a possibilidade da Igreja, no presente como no futuro» – D. Virgílio Antunes

Diocese apresentou plano pastoral 2021/2024 «especialmente dedicado aos jovens»

Foto: Diocese de Coimbra

 

Coimbra, 29 set 2021 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra disse hoje que os jovens são a “possibilidade da Igreja, tanto no presente como no futuro”, na apresentação do Plano Pastoral para o próximo o triénio, que é especialmente dedicado às novas gerações.

“Os jovens são aquela faixa etária que de algum modo tem nas mãos a possibilidade da renovação”, afirmou D. Virgílio Antunes, em conferência de imprensa transmitida online.

O bispo de Coimbra assinalou que a espiritualidade tem um “lugar maior” na vida dos jovens, alertando que estão “um bocadinho cansados, saturados” de algumas experiências negativas que provêm de uma vida demasiado materialista.

O responsável assinalou que os jovens “são de algum modo diferentes das gerações dos seus pais e dos seus avós”, têm uma capacidade de abertura a outras realidades que “pode ser também um desejo forte de mudança” e, “dentro da fase da sua juventude”, podem passar por muitas e diferentes circunstâncias.

Segundo o bispo de Coimbra, as novas gerações estão numa “atitude frequentemente crítica” em relação ao mundo que provêm, que pode ser uma “atitude que fica estéril, não traz nada de novo, mas pode ser uma oportunidade”.

‘Jovem, levanta-te! #Cristo vive.’ é o tema do Plano Pastoral da Diocese de Coimbra para o triénio 2021-2024 que tem três objetivos gerais – “envolver os jovens na edificação da Igreja”, “proporcionar aos jovens o encontro com Jesus Cristo” e “acompanhar o discernimento vocacional dos jovens” -, que se subdividem em mais três cada um que são dinamismos.

Na conferência de imprensa de apresentação do novo documento, na Casa Episcopal, padre Manuel Carvalheiro destacou o objetivo de “levar a Igreja diocesana de Coimbra ao encontro dos jovens” e explicou cada um dos três objetivos gerais.

“Esta tem de ser uma linha transversal a toda a leitura, de todos os cristãos, todas as comunidades, todos os órgãos de corresponsabilidades, todos os movimentos, terão de ter esta opção assumida e depois dirigida ao encontro dos jovens”, acrescentou o vigário episcopal para a pastoral, referindo que devem ir ao seu encontro como “arautos anunciadores do Evangelho”.

No plano pastoral são também apresentados “desafios concretos” para cada comunidade/unidade pastoral como ter “um serviço de pastoral de juvenil organizado” e um serviço de pastoral e discernimento vocacional, ter um centro juvenil “como espaço de encontro, formação, oração, convívio”, a promoção de iniciativas de espiritualidade – retiros, missões, jornadas de voluntariado – e a valorização de “grandes atividades” como campos de férias, peregrinações, caminhadas.

Ana Filipa Santos, membro do Conselho Pastoral Diocesano, apresentou uma reflexão testemunhal e a partir do encontro do jovem rico com Jesus e disse que a ação desta Igreja local “deve centrar-se” na pergunta: “Como pode a Igreja diocesana ajudar os jovens a quererem alcançar a vida eterna?”

A jovem que explicou os nove dinamismos ligados a cada um dos três objetivos afirmou que se vivem “desafios novos na reevangelização” e precisam de uma “comunicação atual, próxima, relevante”.

“E ajudar a tornar transparente e acessível a verdade de Deus; devemos evitar que os momentos de encontro, a Missa e a catequese se tornem horas vazias de sentido e iguais a tantos outros grupos que os jovens já se vêm envolvidos a nível cívico, escolar”, exemplificou Ana Filipa Santos.

Nos dias 2 e 3 de outubro, a Diocese de Coimbra vai realizar também umas jornadas pastorais centradas no plano pastoral ‘Jovem Levanta-te! #Cristo Vive’.

CB/OC

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