CEP: Instituição de novos ministério é «mais um passo» para transpor a reforma pastoral dos documentos oficiais para as Igrejas locais

Conferência Episcopal Portuguesa divulgou o documento «Ministérios laicais para uma Igreja ministerial»

Foto Vatican News

Lisboa, 23 jun 2022 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal Portuguesa divulgou esta quarta-feira o documento “Ministérios laicais para uma Igreja ministerial”, que constitui “mais um passo” na reforma pastoral pelo acesso aos ministérios instituídos de mulheres e homens “serviço da sua missão no mundo”

“Chegou a hora de dar mais um passo e transpor a reforma pastoral dos ministérios laicais dos documentos oficiais da Igreja para a vida das nossas Igrejas locais”, afirma o documento.

O texto da CEP cita depois a carta do Papa Francisco ao prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé onde afirma que “oferecer aos leigos de ambos os sexos a possibilidade de aceder aos ministérios [instituídos], em virtude da sua participação no sacerdócio batismal, incrementará o reconhecimento, inclusive mediante um ato litúrgico (instituição), do contributo precioso que, desde há tempo, muitíssimos leigos, incluindo mulheres, oferecem à vida e à missão da Igreja”.

Não nos bastam ministérios para a edificação interior da Igreja, são precisos ministérios para a sua missão no mundo em ordem a permear de espírito evangélico as realidades do mundo e da nossa sociedade”.

Aprovado em Assembleia Geral Extraordinária, que decorreu esta quarta-feira, em Fátima, a CEP refere que o documento dá seguimento à indicação do Papa, que “confiou às Conferências Episcopais a responsabilidade de ‘estabelecer critérios adequados para o discernimento e a preparação dos candidatos e das candidatas aos ministérios do Leitorado e do Acolitado – e de Catequista –, ou de outros ministérios que considerem instituir’”

Para o episcopado português, os ministérios instituídos brotam de uma vocação, são desenvolvidos com “verdadeira corresponsabilidade na missão” dos leigos, “correspondem a uma verdadeira necessidade” da Igreja, “o seu exercício só faz sentido inserido na comunhão dessa mesma Igreja” e “são, em princípio, estáveis e prolongados no tempo”.

Os ministérios laicais devem estar ao serviço não apenas da edificação da Igreja, mas também da sua missão no mundo, não apenas ao serviço da Liturgia, mas também da Profecia, da Caridade, da Comunhão e da Missão”.

O documento da CEP indica depois as condições para ser admitido aos ministérios e refere as especificidades de cada um dos ministérios instituídos, nomeadamente de leitor, acólito e catequista, e propõe que “se abra um caminho de diálogo e de reflexão pastorais, com propostas bem concretas, em ordem ao reconhecimento e/ou à instituição de novos ministérios laicais”.

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