Caritas da Rússia e da Geórgia ajudam vítimas do conflito

Mulheres, crianças, doentes e idosos são os que mais estão a sofrer com o conflito na Geórgia. Apesar de com escassos recursos, das dificuldades de acesso por terra e da instabilidade do corredor humanitário, as Cáritas da Geórgia e da Rússia estão a ajudar as milhares de vítimas nos diversos cenários do conflito desde o começo da guerra. Relatos de fuga assim que as bombas começaram a cair repetem-se, num cenário que desalojou 100 mil pessoas. “A maior parte das pessoas escapou sem os seus pertences, apenas com a roupa que vestiam”, informa a Cáritas Internacional. A acção da Caritas da Geórgia centra-se nos desalojados que chegaram a Tbilisi. O número de pessoas atendidas chega já aos 1.700, distribuídas em quatro dos 33 centros onde se concentraram as pessoas desalojadas. Todos estes centros temporários encontram-se em lugares distantes da cidade e a maioria são escolas. Num desses centros, a Caritas distribuiu alimentos diariamente aos desalojados. Até Segunda-feira, dia 18, a estrada de Tbilisi a Gori não tinha acesso o que dificultava as ajudas alimentares e médicas. O director da Caritas Geórgia, Pe. Witold Szulcynsk, reuniu-se com o autarca de Gori para programar acções conjuntas, segundo informação de Ilona Adamova, responsável pelos programas desta agência humanitária da Igreja Católica. No outro lado da fronteira, a Caritas da Rússia comprou materiais de higiene para fazer face às necessidades de 10 mil pessoas durante um mês, uma parte dos mais de 37 mil refugiados que cruzaram a fronteira para a Ossétia do Norte, onde as autoridades russas estão há vários dias a tentar responder às solicitações de refúgio temporário. As Caritas da Geórgia e da Rússia estão há vários dias a receber donativos provenientes da rede de acção social de outros países, ainda que, de acordo com os responsáveis, precisam adquirir mais equipamentos de assistência médica e financiamento suficiente para uma reabilitação que pode levar anos.

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