Bragança-Miranda: Grupo de Emergência e Catástrofes da Cáritas distinguido com Troféu Português do Voluntariado 2024 (c/vídeo)

Hélder Pires destaca que prémio «é um sinal de orgulho» e «reconhecimento» de cinco anos de trabalho

Foto: Cáritas Diocesana de Bragança-Miranda

Lisboa, 05 dez 2024 (Ecclesia) – O Grupo de Emergências e Catástrofes (GEC) da Cáritas Diocesana de Bragança-Miranda recebeu hoje o Troféu Português do Voluntariado 2024, na categoria de “Inovação”, atribuído pela Confederação Portuguesa do Voluntariado (CPV), numa sessão realizada no Mercado da Vila, em Cascais.

“Este prémio para nós é primeiro um sinal de orgulho, e até de alguma vaidade, mas, acima de tudo, serve precisamente para um reconhecimento destes cinco anos de trabalho, de forma consistente, sólida, de bastante crescimento”, disse o coordenador do Grupo de Emergências e Catástrofes da Cáritas Diocesana de Bragança-Miranda, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O Dia Internacional do Voluntário, que se assinala anualmente a 5 de dezembro, foi implementado pela Assembleia Geral da ONU, através da Resolução 40/212, a 17 de dezembro de 1985; a Confederação Portuguesa do Voluntariado atribui o Troféu Português do Voluntariado 2024, e distinguiu o GEC na ‘Categoria Inovação’.

Segundo Hélder Pires, o coordenador do Grupo de Emergências e Catástrofes, esta distinção mostra aos seus voluntários do GEC, cerca de 50 pessoas, a si próprio e ao presidente da Cáritas Diocesana de Bragança-Miranda, que “valeu a pena esta aposta, é o reconhecimento do trabalho feito”, e espera que sirva de “incentivo” para outras Cáritas Diocesanas.

Nós avançamos neste modelo de voluntariado, não temos assalariados, parte da boa vontade de cada um dedicar algum do tempo livre a esta causa. Que sirva de facto de estímulo e estamos também disponíveis para ajudar Cáritas que queiram perceber como é que chegámos a este ponto de trabalho”.

Foto: Grupo de Emergência e Catástrofes

Hélder Pires explica que o Grupo de Emergências e Catástrofes da Cáritas Diocesana de Bragança-Miranda surge de “um desafio da Caritas Portuguesa”, no contexto dos incêndios florestais dos meses de junho e de outubro, em 2017, quando a instituição da Igreja Católica viu a “necessidade de organizar a ação social junto das populações em situação de emergência e de catástrofe”; em 2019, foi “lançado o plano interinstitucional” e a Cáritas de Bragança-Miranda aceitou “este desafio”.

Em 2024, salienta o entrevistado, o GEC da Cáritas Diocesana de Bragança-Miranda mantém-se “com a prioridade de apoiar as pessoas numa situação de calamidade, catástrofe, incêndio”, e “nunca” vão para uma ação “menos de 12 a 15 pessoas”.

“É difícil, é desafiante, é verdade, mas é muito gratificante o dia-a-dia e podermos estar junto das populações numa situação de vulnerabilidade”, realçou.

O coordenador do GEC lembra que quando nasceram a “principal missão” foi se aproximarem da Proteção Civil Distrital – o “comandante João Noel Afonso acreditou no potencial deste grupo” – e perceber quais eram as necessidades que existiam.

Este Grupo de Emergências e Catástrofes diocesano é constituído por pessoas de várias áreas para ser capaz de responder “às diversas necessidades, como a Psicologia e Intervenção em Crise, a Educação Social e o Serviço Social, mas aceitam todos os voluntários que tenham “vontade de vestir a camisola em prol dos outros”.

“Nós temos um lema que é ‘Todos pelo Bem-Comum’, é esse o nosso propósito, estarmos ao lado das pessoas que mais precisam”, acrescenta Hélder Pires, sobre os voluntários que, este verão, estiveram nos incêndios de Rabal, aldeia no Parque Natural de Montesinho, e de Nuzedo de Baixo, aldeia da Freguesia de Vale das Fontes (Vinhais), respetivamente nos meses de agosto e setembro, e em prontidão para ajudar no distrito vizinho de Vila Real e na Serra do Marão.

A Confederação Portuguesa do Voluntariado explica que o projeto da Cáritas Diocesana de Bragança-Miranda foi reconhecido pelo júri como “uma resposta exemplar e inovadora às necessidades de emergência”.

HM/CB/OC

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