Bragança-Miranda: D. Nuno Almeida convida a celebrar «Jubileu da Esperança», ocasião para renovação «espiritual e moral»

Bispo assinala um ano na diocese e pede construção de «comunidades sinodais missionárias»

Foto: Diocese Bragança – Miranda

Bragança, 02 dez 2024 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda escreveu aos diocesanos uma nota onde apresenta o tema da Esperança, ligado ao Jubileu 2025, convocado pelo Papa Francisco, como uma “ocasião para a renovação espiritual e moral”.

“O Jubileu é um tempo de graça e de misericórdia, uma ocasião propícia para a Igreja e para o mundo percorrerem as vias da renovação espiritual e moral. Como ‘Peregrinos de Esperança’ percorramos o caminho da busca do sentido da vida e para redescobrir o valor do silêncio, do esforço e daquilo que é essencial para uma vida digna e feliz”, convida D. Nuno Almeida numa nota publicada «Caminhamos unidos na Esperança».

O Jubileu 2025 decorre entre 28 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2026, será o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja, e coincide com os 1700 anos do Concílio de Niceia.

“Talvez hoje, mais do que nunca, tenhamos necessidade do ano jubilar. Perante tantos sofrimentos que provocam desespero não só nas pessoas diretamente atingidas, mas em todas as nossas sociedades; frente aos nossos jovens, que, em vez de sonhar um futuro melhor, com frequência se sentem impotentes e frustrados; e face à obscuridade deste mundo que, em vez de se afastar, parece crescer, o jubileu é o anúncio de que Deus nunca abandona o seu povo e mantém sempre abertas as portas do seu Reino”, precisou Francisco.

D. Nuno Almeida indica a esperança como a “virtude mais forte”, que deve atuar “sobretudo nos momentos difíceis e a ver a através dos olhos de Jesus, o autor da nossa esperança”.

“A esperança não é simples ilusão, mas uma virtude concreta que nos ajuda a superar os desafios da vida”, afirmou.

O responsável diocesano recordou “oito locais de esperança”, indicado pelo Papa Francisco, que podem ser “percursos de peregrinação ou êxodos para uma vida nova”: a paz, os filhos, a proximidade aos reclusos, com doentes ou pessoas com deficiência, também os jovens, os migrantes, os idosos e os pobres.

“A paz é provavelmente o mais difícil. Levar auxílio e alento a países em guerra é uma peregrinação muito arriscada, que muda a vida e pode dar remédio às consequências de muitos pecados”, indicou.

O bispo de Bragança-Miranda convidou à proximidade com os reclusos, “uma forma de voluntariado que não se pode improvisar”, também com as pessoas doentes e portadoras de deficiência, com os jovens, “grande sinal de esperança” que convida ao “acompanhamento”.

D. Nuno Almeida foca ainda a “proximidade e assistência” às pessoas idosas, e convida “a vencer distâncias para visitar os avós, os pais, familiares e amigos”.

O oitavo “sinal” ou lugar de esperança são os pobres: “Há que, antes de mais, superar a distância que nos separa deles para compreender os seus problemas e juntos procurarmos soluções. Tudo isto pode tornar-se numa peregrinação longa e difícil, pois implica mudança profunda de mentalidade”, indica D. Nuno Almeida.

A diocese de Bragança-Miranda vai abrir uma Igreja jubilar em cada um dos 12 concelhos e indica a Catedral de Bragança e a Concatedral de Miranda do Douro como locais onde será aberta a Porta santa, “ocasião para se envolver pelo perdão”.

Na nota, o bispo assinala ainda um ano na diocese, recorda-o “essencialmente” como um tempo de “aprendizagem”, e recorda os “múltiplos encontros” no território diocesano e a cada mês “os encontros em cada arciprestado”.

D. Nuno Almeida assinala o fim do primeiro triénio, compreendido entre 2023 e 2026, que apresenta como objetivo geral: «Caminhar juntos para sermos igreja sinodal de todos e para todos. Peregrinar unidos para anunciar, celebrar e testemunhar a alegria e a esperança do Evangelho».

O responsável assinala a importância de manter o processo sinodal, pede que se construam “comunidades sinodais missionárias” e equipas pastorais em cada comunidade.

“Tudo faremos para não abandonar nenhuma das comunidades eclesiais, tecendo ‘artesanalmente’ comunidades acolhedoras, unidas e missionárias. Será decisivo que exista em cada paróquia uma Equipa Pastoral e que reunidas estas Equipas Pastorais, se forme o Conselho da Unidade Pastoral”, sublinha.

LS

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