Braga: Arquidiocese orienta formação nos seminários para estilo sinodal e missionário

«Um grande desafio que exige o envolvimento de toda a comunidade. Todos somos corresponsáveis nesta formação» – D. José Cordeiro

Foto: Diário do Minho/Avelino Lima

Braga, 11 nov 2024 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga assumiu a intenção de orientar a formação dos seminaristas para o estilo sinodal e missionário, a fim de responder aos desafios dos tempos atuais, falando na sessão de abertura dos Seminários Arquidiocesanos, que reuniu seminaristas, familiares, formadores e diretores.

“Este é um grande desafio que exige o envolvimento de toda a comunidade. Todos somos corresponsáveis nesta formação – leigos, mulheres, famílias, paróquias e o presbitério –, porque todos somos poucos para este desafio grande da evangelização”, explicou D. José Cordeiro, citado pelo jornal ‘Diário do Minho’.

O arcebispo de Braga adaptou um provérbio africano e realçou que “se para educar uma criança é preciso uma aldeia, para formar um padre é preciso uma Arquidiocese”, na sessão realizada este sábado, no Auditório São Frutuoso, no Seminário Conciliar de Braga.

O Seminário Conciliar de Braga acolhe 42 seminaristas – 23 da Arquidiocese de Braga, 5 da Diocese de Viana do Castelo, 7 da Diocese de Santiago de Cabo Verde e 7 da Diocese moçambicana de Pemba -, que são acompanhados por uma equipa formadora composta por quatro padres residentes, com a colaboração de professores da Faculdade de Teologia, párocos e outros colaboradores.

Segundo o arcebispo de Braga a formação dos seminaristas deve incluir todos os aspetos humanos, espirituais, pastorais, intelectuais e comunitários, num estilo verdadeiramente sinodal e missionário, o que implicará “rever muitos aspetos da formação”.

Tudo isto nos abre novos horizontes, maior corresponsabilização na formação que é também cada vez mais exigente, porque mais exposta e mais autêntica e sinodal e missionária”, acrescentou.

Na sessão, o diretor do Seminário Menor de Braga apresentou, em nome das equipas formadoras, a reflexão ‘Chamados à Esperança’, onde destacou a importância da formação como uma fonte de esperança para a Igreja.

“O Seminário é chamado a ser sinal de esperança; é imperativo voltar ao Pentecostes. Este é fundamental e fundante”, salientou o cónego Mário Martins, para quem o dia de abertura dos Seminários sublinha a missão de “chamar a Igreja à esperança”.

Semana dos Seminário 2025A sessão de abertura dos Seminários da Arquidiocese de Braga contou ainda com o testemunho do casal Jacinta e João Paiva, a partir do tema ‘Que posso eu esperar?’, pais de três jovens, um é seminarista a caminho do sacerdócio.

D. José Cordeiro, ao jornal diocesano ‘Diário do Minho’, explicou que em “cada ano que passa, os desafios aumentam, e também as oportunidades», as mudanças “muito rápidas” que estão a acontecer exigem “maior fidelidade ao Evangelho, para que o encontro pessoal com Jesus Cristo possa transformar a vida de cada um dos seminaristas e o seminário ser autenticamente o coração, do coração da Igreja”, divulga a arquidiocese minhota.

O reitor do Seminário Conciliar de São Pedro e São Paulo, da Arquidiocese de Braga, defendeu a renovação da formação nos Seminários, assinalando que não existe diferente forma de o fazer sem ser numa perspetiva sinodal.

“É muito importante que ela [renovação da formação nos seminários] aconteça, porque num mundo em evolução permanente a formação não pode viver de forma estática”, disse o padre Vítor Novais, à Agência ECCLESIA.

A sessão de abertura dos Seminários Arquidiocesanos de Braga realizou-se na Semana de Oração pelos Seminários 2024, promovida pela Igreja Católica em Portugal, entre 3 e 10 de novembro, com o lema ‘O que posso eu esperar?’, do livro bíblico dos Salmos.

CB/OC

 

Seminários: «Num mundo em evolução permanente, a formação não pode viver de forma estática» – reitor do Seminário Conciliar de Braga

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