Bento XVI pede unidade entre todos os católicos, lembrando experiência de Fátima

Papa quer que a Igreja seja «casa de todos» para lá de limites políticos, de raça ou culturais

Bento XVI apelou este Domingo à unidade no seio da Igreja Católica, pedindo que a mesma seja uma “casa” para todos, ultrapassando limites políticos, de raça ou culturais.

A este respeito, o Papa lembrou a sua experiência pessoal em Fátima, nos dias 12 e 13 de Maio.

“De facto, o que é que viveu aquela imensa multidão, na esplanada do Santuário, onde todos nós éramos um só coração e uma só alma, senão um renovado Pentecostes? No meio de nós estava Maria, a Mãe de Jesus”, referiu a milhares de peregrinos reunidos no Vaticano.

No dia em que a Igreja celebra o momento da descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos, o Papa notou que “esta nova e poderosa auto-comunicação de Deus” desencadeia um processo de reunificação, cria unidade e compreensão.

Segundo Bento XVI, “a unidade é o sinal de reconhecimento”, o “cartão de visita” da Igreja ao longo da sua história universal.

A Igreja, acrescentou, fala “todas as línguas” e “nunca fica prisioneira de confins políticos, raciais, culturais”.

“A Igreja é por sua natureza una e múltipla, destinada como é a viver em todas as nações, povos e nos mais diversos contextos sociais. Só permanecendo autónoma em relação a cada Estado e cada cultura particular, a Igreja corresponde à sua vocação de ser sinal e instrumento de unidade de todo o género humano”, disse o Papa, na sua homilia.

“Sempre e por toda a parte a Igreja deve ser verdadeiramente católica e universal, a casa de todos em que cada um se pode reencontrar”, prosseguiu.

Mais tarde, já ao meio-dia, o Papa veio à janela dos seus aposentos para dirigir a palavra aos fiéis e peregrinos congregados na Praça de São Pedro.

Bento XVI recordou “momentos fortes, a nível local e universal, onde o Pentecostes se renova de modo especial”, como os Concílios Ecuménicos, citando expressamente o Vaticano II, e também o encontro dos movimentos eclesiais com João Paulo II, no Pentecostes de 1998.

“Não há Igreja sem Pentecostes. E quereria acrescentar: não há Pentecostes sem a Virgem Maria”, observou o Papa.

“É esta a experiência típica dos grandes Santuários marianos – Lourdes, Guadalupe, Pompeia, Loreto – ou mesmo dos mais pequenos: onde quer que os cristãos se reúnem em oração com Maria, o Senhor dá o seu Espírito”, concluiu.

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