Barreiro/Moita: Vigararia sadina começou peregrinação dos símbolos da JMJ num «templo do comércio, do negócio» (c/vídeo)

«Domingo de manhã é o melhor dia para estar no templo e estamos num templo onde as pessoas vêm» – Padre Tiago Veloso

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Barreiro, 14 nov 2022 (Ecclesia) – A peregrinação dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) na Vigararia do Barreiro/Moita (Diocese de Setúbal) começou este domingo com a visita a um centro comercial, “o templo do comércio”, e uma procissão no Rio Tejo.

“Domingo de manhã é o melhor dia para estar no templo e aqui estamos num templo onde as pessoas vêm, onde as pessoas se encontram, é o templo do comércio, do negócio”, disse o padre Tiago Veloso à Agência ECCLESIA, no Shopping Center e Retail Park em Coina.

O pároco de Palhais/Santo António, na Vigararia de Barreiro/Moita, explicou que a presença da Cruz peregrina e do ícone de Nossa Senhora ’Salus Populi Romani’  neste centro comercial era uma oportunidade de levar “Jesus para que mais pessoas ao menos fiquem a pensar o que é isto, que símbolo é este”.

“As pessoas passam: O que é uma cruz? Nem sabem o que é uma cruz hoje em dia, e pode ser uma forma de chegar a mais pessoas, uma pequenina palavra de esperança e de anúncio do Evangelho”, acrescentou.

O jovem Tiago Alves, da Paróquia de Santa Maria (Barreiro), respondeu ao convite para estar presente neste momento de anúncio e divulgação da peregrinação nacional dos símbolos e da JMJ Lisboa 2023, que “é uma oportunidade única”, e também ajudou a montar a cruz e a carregar.

“É uma experiência nova que tem dado muito gosto ajudar; É sempre bom a possibilidade de termos os símbolos que já correram o mundo de todas as maneiras e feitios e termos a oportunidade de os ter aqui tão perto não se pode desperdiçar”, desenvolveu o catequista.

Sobre o programa da peregrinação na Vigararia do Barreiro, entre este domingo e quinta-feira, Liliana Alves, do Departamento da Juventude – Setúbal que faz o acompanhamento nestas paróquias, destaca que quiseram “privilegiar o encontro com os jovens” e ir ter com eles em diversas realidades, nomeadamente nas escolas, “vai acontecer durante a semana, será sempre difícil chegar nos sítios de lazer”.

“Depois outros sítios, num centro comercial, vamos estar também na estação fluvial do Barreiro, onde esperamos encontrar jovens que possam vir das faculdades, dos trabalhos, no Barreiro também temos um polo universitário onde estaremos. E nas Igrejas, obviamente, onde tentaremos reunir os jovens que pertencem aos movimentos, aos grupos paroquiais”, desenvolveu.

Segundo o padre Tiago Veloso, os dois símbolos da Jornada Mundial da Juventude ficarem só nas igrejas seria a opção mais cómoda, “descansadinhos, com umas músicas bonitas e umas velinhas”.

“Temos de ir para a rua, é lá que estão as pessoas temos de ir para as redes sociais, é lá que estão as pessoas. Temos de fazer como Jesus, ir ao encontro onde menos de espera. Aqui estamos nós para isso”, apontou o Missionário Passionista.

O Stella Maris (Apostolado do Mar) da Paróquia da Moita associou-se à peregrinação dos símbolos da JMJ e promoveu uma viagem no rio Tejo, com a Cruz e o ícone de Nossa Senhora ’Salus Populi Romani’ a bordo do Varino (barco) Municipal ‘O Boa Viagem’, na tarde deste domingo, saiu do cais do Montijo e atracou no cais da Moita.

“As jornadas vão ser em Lisboa, junto ao nosso Tejo, é uma maneira de mostrar as nossas tradições na Moita que são os barcos, e o rio Tejo”, explicou Rui Mira, adiantando que esta procissão marítima foi realizada com o apoio de várias pessoas que têm nas associações náuticas.

Nesta iniciativa foi homenageado D. Daniel Henriques, bispo auxiliar de Lisboa, que faleceu aos 56 anos de idade, no dia 4 de novembro, e o responsável pelo Stella Maris da Moita destaca que “foi um grande impulsionador” para que também estejam na edição portuguesa das Jornadas Mundiais da Juventude.

“É o nosso rio, são as nossas jornadas, é Portugal”, disse Rui Mira à Agência ECCLESIA.

Para Ana Ramos, da paróquia da Moita, transportar os símbolos “foi uma experiência única, sentir que passaram por tantos sítios diferentes, pelas mãos de tanta gente”.

“E o que simbolizam em conjunto é muito impactante. É uma experiência que vou levar comigo para sempre”, acrescentou a chefe de Equipa (paroquial) para a JMJ Lisboa 2023, observando que esta passagem da Cruz e do ícone de Maria “é uma altura muito feliz” para continuarem “uma caminhada em conjunto”.

Foto Paróquia do Montijo – Divino Espírito Santo

A 13ª etapa da peregrinação nacional dos símbolos da JMJ começou a 1 de novembro e termina no dia 1 de dezembro, e vão percorrer as sete vigararias (conjunto de paróquias) da Diocese de Setúbal; Depois do Barreiro-Moita, onde chegaram do Montijo, vão para Almada, de 18 a 21 de novembro; Caparica (22 a 26 de novembro) e Seixal (27 de novembro a 1 de dezembro).

Guilherme Costa, pertence à Paróquia do Divino Espírito Santo, no Montijo, e contou que receber a cruz e o ícone mariano “foi uma grande graça”, onde os jovens dessa vigararia puderam “experienciar vários momentos e vários acontecimentos”, como visitas a escolas, diversas organizações e instituições, como associações filarmónicas e desportivas, procissões e cortejos, entre os dias 9 e 12 deste mês.

“Foram momentos muito importantes para mim e vivências fortes: Ao darmos esse testemunho de andar com os símbolos pelas ruas, as pessoas acharem estranho uma cruz e uma pintura, é um testemunho da nossa fé”, realçou o jovem católico à Agência ECCLESIA.

Com 18 anos, Guilherme Costa é escuteiro e acólito na sua paróquia e foi partilhando nas redes sociais a passagem dos símbolos, o que suscitou a curiosidade de outros amigos e colegas, a quem “explicava o que era, ficavam interessadas e diziam que iam seguir”.

O jovem do Montijo nunca participou numa edição internacional da Jornada Mundial da Juventude e para a edição portuguesa, a JMJ Lisboa 2023, tem “expetativas que sejam uma grande festa não só para os jovens”: “Um encontro com o Papa, um momento muito alegre e de festa.”

CB

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