Angra do Heroísmo, Açores, 13 mar 2023 (Ecclesia) – A coordenadora dos voluntários do Estabelecimento Prisional de Angra do Heroísmo, da Pastoral Penitenciária da Diocese de Angra, conta que semanalmente “participam cerca de 200 pessoas” nas celebrações, mas lamenta que “há menos donativos e menos voluntários”.
“Todas as semanas temos celebrações e participam cerca de 200 pessoas”, contabilizou Fernanda Evangelho, dos cerca de 300 reclusos desta prisão, ao portal ‘Igreja Açores’ da Diocese de Angra.
A Pastoral Penitenciária em Angra está a retomar as celebrações, o Estabelecimento Prisional de Angra do Heroísmo tem capacidade para 370 reclusos, e na ala feminina conta com cerca de 20 reclusas.
Após um ano de suspensão, durante o coronavírus Covid-19, e uma reabertura a conta-gotas, os voluntários estão a regressar a este serviço pastoral mas a pandemia deixou marcas que são “difíceis de ultrapassar”.
“O período da pandemia foi muito difícil para todos e deixou marcas profundas; Por causa do Covid estiveram fechados nas celas durante muito tempo e esse isolamento deixou sequelas que estão para durar”, assinalou Fernanda Evangelho.
No estabelecimento prisional na ilha Terceira estão maioritariamente pessoas de outras ilhas, sobretudo de São Miguel, que enfrentam necessidades materiais, nomeadamente de roupa e de produtos de higiene.
“Nós vamos fazendo alguns peditórios mas há cada vez menos donativos, e menos voluntários o que torna tudo mais difícil”, disse ainda a coordenadora do grupo de voluntários do Estabelecimento Prisional de Angra do Heroísmo.
A Pastoral Penitenciária de Portugal (PPP) é a ação pastoral da Igreja Católica “relacionada com o meio prisional”, e tem três objetivos: prevenir a delinquência; levar a paz e a serenidade de Cristo Ressuscitado aos cidadãos presos; oferecer um caminho de reabilitação e reinserção na sociedade; A PPP é um serviço do Secretariado Nacional da Pastoral Social, da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).
CB