Angra: Bispo quer «comunidades abertas» às outras e apela a colaboração entre párocos

D. Armando Esteves Domingues nomeou uma leiga como coordenadora do Serviço Diocesano de Juventude e padre como diretor do Serviço de Coordenação da Pastoral

Foto Seminário Episcopal de Angra

Angra do Heroísmo, Açores, 25 jul 2024 (Ecclesia) – O bispo de Angra afirma que vão continuar “a caminhar para que a sinodalidade se torne constitutiva no presbitério, nas paróquias e Ouvidorias”, nas nomeações para o ano pastoral 2024/2025, divulgadas esta quinta-feira, dia 25 de julho.

“Estas nomeações tendem a favorecer a colaboração entre párocos e respetivas paróquias entre si, para não serem comunidades isoladas, mas abertas umas às outras. Cada uma potencia os seus ministérios e serviços abrindo-os à comunhão e partilha com as paróquias vizinhas”, escreve D. Armando Esteves Domingues, no decreto enviado à Agência ECCLESIA, pelo Serviço Diocesano das Comunicações Sociais.

O bispo de Angra explica nas nomeações para o novo ano pastoral que seja com “nomeação in solidum ou outra”, os párocos são os primeiros a seguir pela ‘interdependência’ nas tarefas pastorais, “para melhor servirem e motivarem todo o Povo de Deus”, realçando que as nomeações 2024/2025 vão nessa linha.

“Continuaremos a caminhar para que a sinodalidade se torne constitutiva no presbitério, nas paróquias e Ouvidorias”, acrescenta, e salienta que a Diocese de Angra, com a Igreja universal vive “um percurso de renovação de estruturas e comunidades eclesiais”, dando-lhes um estilo mais sinodal, que leve “à participação de todo o Povo de Deus nas tarefas que a todos dizem respeito”, um trabalho lento, mas pretendem fazer esse “caminho sem hesitações”.

Nas nomeações para Serviços Diocesanos, o bispo de Angra indicou “o/a colaborador(a) e assistentes” que, depois, vai apresentar “a equipa completa para nomeação”, e destaca-se a pastoral juvenil da diocese.

A leiga Gisela Baptista foi nomeada coordenadora do Serviço Diocesano de Juventude, vai substituir nestas funções o padre Norberto Brum, e o padre João Manuel Oliveira da Ponte o assistente deste serviço.

D. Armando Esteves Domingues escolheu o padre Jacob Vasconcelos para diretor do Serviço de Coordenação da Pastoral Diocesana, e o padre Nelson Filipe Pereira como diretor do Serviço de Coordenação da Formação Diocesana.

Para o Serviço Diocesano da Família de Angra, o bispo escolheu como casal coordenador Rui Manuel Monte Medeiros e Ana Fernando Dias Martins, e o padre Bruno André de Melo Espínola seu assistente;

O padre José Medeiros Constância foi nomeado diretor do Instituto Católico de Cultura, enquanto o padre Alexandre Duarte Braga de Medeiros, “a seu pedido, é dispensado de qualquer ofício na Diocese de Angra”, por três anos, para se dedicar ao “serviço pastoral na Diocese de Évora”.

Foto: Agência ECCLESIA/OC

O bispo de Angra explica que na diocese definiram os anos de 2024 e 2025 como sendo “de transição para os três triénios” que vão levar esta Igreja diocesana “até 2034, quando se completarão os 500 anos”.

“São dois anos para dar prioridade à Esperança, mesmo se vivemos tempos incómodos no que à transmissão da fé diz respeito. Pretende-se também lançar bases para uma formação mais alargada seja para os envolvidos na pastoral das comunidades, seja para quantos pretendam aprofundar os seus conhecimentos”, desenvolveu o responsável diocesano, realçando que os desafios atuais pedem cristãos “capazes de ser ‘Igreja em saída’, mas “devidamente preparados”.

Segundo D. Armando Esteves Domingues, neste ano, as paróquias dos Açores foram convidadas a “reorganizar ou formar” os conselhos paroquiais de pastoral, “como a expressão mais visível de sinodalidade concreta”, e adianta que as Visitas Pastorais previstas a quatro ilhas – Flores, São Jorge, Graciosa e Santa Maria, – “irão privilegiar os encontros com os organismos de comunhão e serviços interparoquiais de Ouvidoria ou Ilha”.

CB/OC

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