Algarve: Sínodo e JMJ 2023 «animam a pastoral e peregrinar» da diocese – D. Manuel Quintas

Bispo deseja que ânimo e empenhamento dos jovens comprometidos funcionem como «contágio em relação a outros que caminham nas franjas»

Foto: Agência ECCLESIA/OC

Albufeira, 17 jan 2023 (Ecclesia) – O bispo do Algarve destacou que o Sínodo 2021-2024 e e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023 são dois temas que “animam a pastoral” e o “peregrinar sinodal” desta diocese, para além da nova organização da pastoral paroquial.

“Vejo que os jovens se sentem cada vez mais envolvidos, cada vez mais empenhados, cada vez mais comprometidos”, disse hoje D. Manuel Quintas, em declarações à Agência ECCLESIA, sobre a JMJ que se vai realizar em Lisboa, de 1 a 6 de agosto.

Neste sentido, o bispo do Algarve referiu que “gostava” que isso “funcionasse como um contágio” em relação a outros jovens que “caminham um pouco nas franjas das comunidades cristãs e até da Igreja”, mas que estão abertos, “sensíveis” sobretudo a iniciativas que se dirigem a eles.

“Tenho esperança que este movimento vá crescendo, vá envolvendo mais jovens e encontremos uma boa representação aqui no Algarve”, acrescentou, à margem das Jornadas de Atualização do Clero do Sul 2023, sobre o tema ‘Igreja Sinodal, uma Igreja atenta aos Sinais dos Tempos’.

Sobre o Sínodo dos Bispo, D. Manuel Quintas recorda que a Diocese do Algarve se envolveu “muito no início do ano pastoral, praticamente em todo o lado”, e, certamente que em todas as paróquias, pelo menos, “ouviram falar, todas estão informadas”.

“Os párocos falaram, os leigos envolveram-se, constituíram-se grupos sinodais, fizeram-se sínteses, a síntese diocesana, e foi algo que contagiou a diocese, pôs a diocese em movimento”, realçou, sobre “um percurso que não pode ser interrompido”.

Foto: Agência ECCLESIA/OC

O bispo do Algarve destacou ainda um terceiro tema que está a envolver a diocese neste início de ano pastoral 2022/2023, a ‘nova organização pastoral paroquial em chave missionária’, que começou em outubro, uma mudança que o responsável diocesano está também a desenvolver nas visitas pastorais às comunidades católicas.

“E os párocos continuam a desenvolver, sobretudo nas reuniões das regiões temos sempre abordado esse tema para ver como estamos a progredir, que correções é preciso fazer. O documento que fizemos é aberto, sobretudo naquilo que diz respeito à sua orientação, à sua inspiração, mas sobretudo naquilo que são as suas orientações práticas, nomeadamente as divisões que queremos fazer, de modo que seja mais fácil as nossas paróquias entreajudarem-se, serem missionárias”, explicou em declarações à Agência ECCLESIA.

Segundo D. Manuel Quintas já estão a conseguir constituir Conselhos Pastorais Paroquiais alargados, “que era difícil antes”, existiam os Conselhos Económicos mas a “organização das paróquias na estruturação, na criação de iniciativas e na sua execução” era mais restrita a alguns leigos com os párocos.

“Agora o Conselho de Pastoral é um pouco mais representativo dos diversos setores da paróquia, inclusivamente do conselho económico, da liturgia, da catequese, a dimensão sociocaritativa, tudo aquilo que é a vida da paróquia”, explicou.

Segundo o bispo do Algarve, se caminharem a partir de propostas dos leigos e com eles, “torna-se mais fácil” crescerem como Igreja e serem “fiéis a esta dimensão não só sinodal, mas também missionária, ministerial que carateriza a identidade da Igreja”.

Iniciada esta segunda-feira, as Jornadas de Atualização do Clero do Sul 2023 reúne os bispos, padres e diáconos das Dioceses do Algarve, Beja, Évora e Setúbal, num encontro organizado pelo Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE).

OC/CB

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