Vila Real: Bispo propõe Quaresma e Páscoa de «fraternidade, partilha e diálogo» e ajuda aos pobres

«Agradeço a amizade e a oração e rezo por vós», refere D. Amândio Tomás, no «final do ministério episcopal» na diocese

Sé de Vila Real

Vila Real, 28 fev 2019 (Ecclesia) – O bispo de Vila Real anunciou que a renúncia quaresmal dos católicos da diocese, em 2019, vai reverter para os pobres desta Igreja local e para “os pobres da Venezuela”, numa mensagem escrita em tom de despedida de “ministério episcopal”.

“Uma parte da coleta será entregue às Conferências de São Vicente de Paulo, para ajuda dos pobres da Diocese, e a outra parte será destinada aos necessitados da Venezuela, que lhes chegará às mãos, através da Caritas”, informa D. Amândio Tomás, no texto que enviou para a Agência ECCLESIA.

O bispo de Vila Real explica que aos seus diocesanos que são “chamados a partilhar bens” e ajudar “os de perto e os de longe”, crescendo em “empenho e solidariedade”.

“Há que abrir a bolsa, o coração e as mãos, para ninguém ser excluído, vivendo, na penúria”, assinala.

A Quaresma é um tempo de 40 dias que tem início com a celebração de Cinzas, este ano a 6 de março, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão, este ano dia 21 de abril.

D. Amândio Tomás realça que a Quaresma termina no “triunfo de Páscoa de Jesus sobre a morte”, por isso, a fé no Ressuscitado “livra da morte, dá vida”.

“A fé no Ressuscitado abre à esperança de Deus e ao outro. Não existimos, não somos felizes, não comunicamos, não temos consciência de nós, nem crescemos como pessoas, sem os outros. A pessoa é sempre alguém com outro no mundo”, desenvolveu.

A mensagem intitulada ‘Quaresma e Páscoa de fraternidade’ é publicada a poucas semanas do 75.º aniversário de D. Amândio Tomás (23 de abril de 2018), que apresentou, por isso, a sua renúncia ao Papa Francisco, de acordo com o que está determinado pelo Direito Canónico.

“Agradeço a amizade e a oração e rezo por vós. Que Deus vos livre do mal e alicerce, na caridade, ajudando os pobres, os estrangeiros e desprezados”, escreve.

No final do seu ministério episcopal na diocese duriense, que vai celebrar o seu centenário, D. Amândio Tomás pede às comunidades católicas que vivam “no amor, pois Cristo quer a união, obra do Espírito, que Jesus dá”.

A Diocese de Vila Real tem mais de quatro mil quilómetros de extensão, tem cerca de 264 paróquias, com pouco mais de 200 mil pessoas.

CB/OC

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