Vaticano: «O mal tem os dias contados», diz Francisco (c/vídeo)

Papa presidiu a audiência pública semanal, com milhares de peregrinos na Praça de São Pedro

Cidade do Vaticano, 27 fev 2019 (Ecclesia) – O Papa Francisco disse hoje que “o mal tem os dias contados”, num encontro com milhares de peregrinos que decorreu na Praça de São Pedro.

“O mal tem dias contados, não é eterno. O mal tem dias contados, o mal já não pode prejudicar-nos: o homem forte que toma posse de sua casa chegou. E este homem forte é Jesus”, declarou, na primeira audiência pública semanal após a cimeira sobre a proteção de menores na Igreja, que decorreu entre os dias 21 e 24 deste mês.

No regresso da audiência geral ao ar livre, após a pausa de inverno no auditório Paulo VI, Francisco prosseguiu a sua reflexão sobre o Pai-Nosso.

“A oração afasta todo o medo. O Pai ama-nos; o Filho levanta os braços, lado a lado com o nosso; o Espírito trabalha em segredo para a redenção do mundo. Nós não vacilamos na incerteza”, observou.

Perante esta certeza, sustentou o Papa, “o mal tem medo”.

“Rezamos, dizendo: Santificado seja o teu nome! Neste pedido – o primeiro – pode sentir-se toda a admiração de Jesus pela beleza e grandeza do Pai, e o desejo de que todos o reconheçam e amem pelo que Ele realmente é”, começou por referir.

Ao mesmo tempo, há a súplica de que o seu nome seja santificado em nós, na nossa família, na nossa comunidade, em todo o mundo. É Deus que nos santifica, que nos transforma com o seu amor, mas também somos nós que, através do nosso testemunho, manifestamos a santidade de Deus no mundo, tornando o seu nome presente”.

Francisco realçou, por isso, que o mal dos cristãos “escandaliza” e se a sua vida “não é santa, há uma grande incoerência”.

A reflexão aludiu à “confiança no Pai” que é manifestada nas súplicas da oração cristã.

“Deus é como aquelas mães que precisam apenas de um olhar para perceber tudo sobre os filhos: se estão felizes ou tristes, se são sinceros ou escondem alguma coisa”, afirmou o pontífice.

No final da audiência, o Papa dirigiu-se aos peregrinos de língua portuguesa, particularmente aos sacerdotes de Setúbal e aos grupos de Santarém e Ericeira.

“Faço votos de que esta peregrinação a Roma fortaleça em vós os bons propósitos para dar testemunho do Evangelho de Jesus, impelidos pela coragem que a oração infunde nos vossos corações. Deus vos abençoe”, concluiu.

OC

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