Vaticano/Ensino: Francisco pediu «responsabilidade num mundo de contradições»

Papa recebeu esta quinta-feira duas comunidades universitárias

DR – Vatican News

Cidade do Vaticano, 14 nov 2019 (Ecclesia) – O Papa recebeu hoje duas comunidades universitárias apelou à “responsabilidade num mundo cheio de contradições” e desafiou à “saída para encontrar a sabedoria”.  

Francisco citou a “coerência” como a primeira responsabilidade a ter em conta numa comunidade educativa universitária. 

“Olho com confiança para as novas gerações que se formam na universidade. Protagonistas conscientes daquela mudança que nasce da visão e da coerência, a partir de uma perspectiva comunitária”, disse, num discurso divulgado pelo Vaticano.

O Papa perante seis mil pessoas da comunidade académica da Lumsa, a “Libera Università Maria Santissima Assunta”, uma universidade privada de inspiração católica, com sedes em Roma, Palermo e Taranto, na Itália, pediu para que haja “espaço para a formação integral da pessoa” e “corações e mentes abertas”. 

“Todos vocês, estudantes, professores e responsáveis da comunidade universitária, encorajo a abrir os corações e as mentes, a não se satisfazer dos pensamentos correntes, aparentemente hegemónicos, de um mundo em que a diversidade é conflito”, referia.  

Francisco adiantou que os universitários possam acrescentar alguma coisa de original, “que seja também concreto e útil” e recordou o nascimento da instituição, nos seus 80 anos de fundação, com referência para a venerável Luigia Tincani, fundadora, que “abriu o mundo da alta formação às mulheres”. 

Ainda nesta quinta-feira Francisco recebeu também a Comunidade do Instituto Universitário “Sophia”, administrado pelos Focolares em Loppiano, na Toscana. 

“A Universidade chama-se ‘Sophia’ porque o seu objetivo é antes de tudo comunicar e aprender a sabedoria para impregnar todas as ciências”, referiu. 

O Papa elogiou os doze anos de vida da Universidade e afirmou que “o caminho está apenas no início” e deixou a todos três palavras: sabedoria, pacto e saída. 

Depois de citar a sabedoria explicou que “o pacto é a pedra angular da criação e da história” e que “sem a ‘saída’ não se encontra a sabedoria, sem a saída o pacto não se propaga a todos”, acrescentou.

SN

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