Vaticano: Capela Sistina acolheu concerto ecuménico pela paz

Coro da Santíssima Trindade da Catedral de Tbilisi apresentou composição de líder da Igreja Ortodoxa da Geórgia

Foto: Ricardo Perna/Família Cristã

Ricardo Perna, da Família Cristã, em serviço especial para a Agência ECCLESIA

Cidade do Vaticano, 27 jun 2022 (Ecclesia) – O Coro da Capela Sistina atuou este domingo com o Coro da Santíssima Trindade da Catedral de Tbilisi, num concerto ecuménico marcado pela apresentação de uma composição original do Patriarca Ilia II, líder da Igreja Ortodoxa da Geórgia.

A ‘Ave Maria’ do ‘catolicos’ da Geórgia encerrou duas horas dedicadas à música tradicional cristã georgiana, uma das mais antigas nações cristãs da Europa, na Capela Sistina, do Vaticano.

“Ė uma música única muito rica nas suas harmonias, enraizadas na tradição cristão e devoção à Santíssima Virgem Maria, aos Pais da Igreja, Santos e Mártires da Igreja, deste país cristão do Cáucaso, que se encontra rodeado de nações de maioria islâmicas”, explicou D. José Bettencourt, núncio apostólico na Geórgia e Arménia, um dos principais impulsionadores desta iniciativa, que partiu do Papa Francisco.

Os dois coros uniram-se sobre a direção do maestro Svimon Jangulashvili para entoar a ‘Ave Maria’, com a participação da solista Iano Tamari, peça musical que será apresentada esta quarta-feira, solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo, perante o Papa Francisco.

Em 2019, o Papa Francisco escreveu a Ilia II para propor um encontro no Vaticano para celebrar os 40 anos da histórica visita do patriarca, em 1980.

Foto: Ricardo Perna/Família Cristã

A carta foi entregue por D. José Bettencourt, diplomata da Santa Sé nascido nos Açores, o qual recorda que “o frágil Patriarca Ília II, com 90 anos de idade, quis que o seu coro o representasse em Roma e levasse algumas das suas próprias composições musicais”.

Para o representante do Papa na Geórgia, o concerto deste domingo “foi um acontecimento histórico, por ser a primeira vez que aconteceu, e é monumental dado a situação mundial, muito sentida na região do Cáucaso”.

“Na Geórgia houve muita gente que, na guerra de 2008 com a Rússia, perdeu a vida, muitos tiveram de abandonar as suas casas na Ossétia do Sul e anteriormente na Abecásia, hoje ainda sob ocupação russa”, refere.

OC

A reportagem em Roma resulta de uma parceria entre a Agência Ecclesia, a Família Cristã, o Diário do Minho e a Associação de Imprensa de Inspiração Cristã

 

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