Organizações católicas em Portugal mobilizam-se para responder a necessidades urgentes
Braga, 20 mar 2019 (Ecclesia) – A Arquidiocese de Braga anunciou hoje que vai enviar 25 mil euros para sua congénere da Beira, em Moçambique, para ajudar nas operações de salvamento da população e reconstrução das infraestruturas afetadas pela passagem do ciclone Idai.
Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a arquidiocese minhota adianta a intenção de estabelecer uma “ponte de distribuição imediata com a Arquidiocese da Beira, por forma a colmatar as necessidades da forma mais célere possível”.
O comunicado é acompanhado por uma nota pastoral do arcebispo primaz, D. Jorge Ortiga, na qual se manifesta dor e pesar pela tragédia.
A Arquidiocese de Braga, em profunda comunhão com o povo moçambicano, independente do seu credo, expressa a sua dor e o seu pesar pelo que está a suceder”.
“Além das vítimas e da destruição massiva, somam-se também as preocupações pelo futuro dos sobreviventes, moçambicanos e também portugueses. No imediato são necessários bens e serviços básicos (água potável, alojamento, alimentos, roupa e medicamentos) a que muitas organizações, acreditamos, acorrerão com urgência”, escreve D. Jorge Ortiga.
A nota adverte que, depois da tempestade, “virão as doenças e a fome”, convidando as comunidades católicas de Brava a rezar “pelas vítimas do ciclone e suas famílias na oração pessoal e na Eucaristia do próximo Domingo”.
“As necessidades são imensas e de diversa ordem. Não querendo sobrecarregar as nossas comunidades, iremos destinar o Contributo Penitencial, para além das finalidades já estabelecidas, também para esta necessidade. Estamos confiantes que, juntos, conseguiremos atender a esta necessidade suplementar”, aponta o arcebispo de Braga.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué já provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos.
30 portugueses estão por localizar na cidade da Beira depois da destruição provocada na quinta e sexta-feira, adiantou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, em Maputo.
Filipe Nyusi, presidente de Moçambique, anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil “estão em situação de risco”, tendo decretado o estado de emergência e três dias de luto nacional, até sexta-feira.
Várias organizações católicas e institutos religiosos em Portugal estão a mobilizar-se para ajudar a população moçambicana, além da Cáritas Portuguesa, da Fundação Fé e Cooperação e da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS).
OC