Proteção de Menores: Comissão Pontifícia apela a «maior compromisso», em apelo aos novos cardeais e participantes do Sínodo

Organismo da Santa Sé destaca necessidade de solidariedade com as vítimas e de mais recursos para prevenir novos abusos

Foto: Vatican Media

Cidade do Vaticano, 27 set 2023 (Ecclesia) – A Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores (CPPM) lançou hoje um apelo a “maior compromisso” na prevenção e resposta a abusos, nas comunidades católicas.

“Expressamos o nosso profundo pesar e a nossa inabalável solidariedade, em primeiro lugar, às vítimas e aos sobreviventes de tantos crimes desprezíveis cometidos na Igreja”, referem os membros do organismo da Santa Sé, numa nota divulgada a propósito do próximo consistório, para a criação de cardeais (30 de setembro) e do início da próxima assembleia sinodal (4 de outubro).

“Num momento em que o Colégio dos Cardeais se reúne no Consistório, somos encorajados pela lembrança frequente do Santo Padre aos que são chamados a este papel especial de que o sangue que são chamados a derramar é o seu próprio e não o daqueles que estão sob os seus cuidados”, pode ler-se.

Evocando as pessoas que sofreram em “silêncio” e a “imensa dor” das vítimas, a CPPM reafirma o seu compromisso de “trabalhar para garantir, tanto quanto possível, que tais atos hediondos e repreensíveis sejam erradicados da Igreja”.

O organismo, criado após a eleição de Francisco como Papa, em 2013, foi integrado na estrutura do Dicastério para a Doutrina da Fé, após a última reforma da Cúria Romana.

“Juntamente com todos aqueles que estão desgastados pelos abusos e pelas suas consequências, dizemos: ‘Basta!’”, referem os membros da CPPM.

A nota aponta à 16ª Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos (4-29 de outubro), pedindo que “a realidade do abuso sexual na Igreja esteja no coração da agenda sinodal”.

“Permeia discussões sobre modelos de liderança, funções ministeriais, padrões profissionais de comportamento e de estar em relacionamento correto, uns com os outros e com toda a criação”, aponta o documento.

A CPPM pede que os responsáveis eclesiais assumam o compromisso de que “todas as crianças sejam protegidas por políticas e procedimentos de segurança apropriados, conhecidos e verificados”.

OC

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