Porto: O futuro passa por «continuar a congregar os jovens» para construir «uma diocese nova e diferente» – D. Manuel Linda (c/fotos)

Bispo diocesano reuniu-se com mais de 1000 jovens

Porto, 02 mai (Ecclesia) – O bispo do Porto afirmou na iniciativa “Escutar Deus na voz dos jovens”, que reuniu mais de 1000 participantes, que quer construir uma diocese “nova e diferente” a partir da participação dos jovens.

“O futuro há de passar por continuar a congregar os jovens, os que vão participar na JMJ e outros, e é a partir deles que havemos de construir uma diocese nova e diferente”, afirmou D. Manuel Linda no Auditório da Casa de Vilar, aos jovens de todas as zonas da Diocese do Porto.

Numa iniciativa promovida pelo Secretariado da Pastoral Juvenil do Porto, encontraram-se no auditório do Seminário de Vilar representantes das várias vigararias para transmitir os “sonhos” para a diocese, partilhar o que desejam fazer na comunidade diocesana e expressar o que gostaríam ver mudado na Igreja.

Os jovens da Diocese do Porto destacaram a oportunidade que constitui a preparação para a Jornada Mundial da Juventude de “conhecimento” dos jovens de cada região, sentindo que “participam nas atividades” e estão “entusiasmados e ansiosos” com a JMJ Lisboa 2023.

“É uma oportunidade única ter as Jornadas no nosso país. Sempre me disseram que vai quem pode e vai quem quer. E nós queremos. Por isso, temos a oportunidade e devemos agarrá-la, prepararmo-nos para isso”, afirmaram, lembrando a importância do pós-jornada.

Os jovens defenderam uma mudança na Igreja a partir de cada um e indicaram os temas da inclusão, da empatia e da comunidade como essenciais para serem cuidados pela Igreja Católica.

“Sei, sabemos todos que há muita gente que se sente bem na Igreja e queria poder estar na Igreja mas, quando entra nela, tem dedos apontados, tem julgamentos feitos. A nossa Igreja deve ser uma Igreja de todos e para todos”, disse uma jovem.

D. Manuel Linda ouviu a participação de jovens de muitas zonas da Diocese do Porto e disse que é necessário olhar a realidade através das “lentes” dos jovens que são “lentes de fraternidade”.

“Normalmente, vê-se a realidade pelo prisma da economia, do sucesso… Isso é velho, não é o futuro, é o passado. Vocês veem pelas lentes da fraternidade, de um maior equilíbrio social, de uma responsabilidade ecológica. Critérios outros que, se não fordes vocês, nós, os da minha idade, temos muita dificuldade em sonhar com esses critérios”, afirmou o bispo do Porto.

Para o  diretor do Secretariado Diocesano de Pastoral Juvenil do Porto, foi a necessidade de “escutar os jovens” que motivou a criação do projeto “Escutar Deus na voz dos jovens”, no contexto do Sínodo dos Jovens.

“Aquilo que nós pretendemos destes encontros é não tanto os senhores bispos dizerem alguma coisa aos jovens, mas os jovens a dizerem aos senhores bispos, à Igreja, os seus sonhos, as suas dores no que diz respeito a pertencer à Igreja, o que é que eles estão preparados e podem modificar na sua própria vida e estão dispostos a mudar para uma Igreja melhor, para uma Igreja de Cristo”, afirmou o padre Jorge Nunes.

O encontro de jovens da Diocese do Porto contou também os cantores Tiago e Syro e, no decorrer da sessão que decorreu no auditório do Seminário de Vilar, na cidade do Porto, incluiu um apelo à participação na doação de sangue e duas coreografias apresentadas pela Academia de Dança Liliana Castro, de Baião.

PR

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