Portalegre/Castelo Branco: Igreja Católica sublinha que violência doméstica «nunca é aceitável»

Comissão Diocesana Justiça e Paz apela a compromisso público para superar crimes «hediondos»

Lisboa, 11 mar 2019 (Ecclesia) – A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Portalegre-Castelo Branco alertou hoje, em comunicado enviado à Agência ECCLESIA para a gravidade do problema da violência doméstica na região, pedindo determinação na luta contra este crime “hediondo”.

“Perante o problema da violência doméstica, queremos deixar bem claro que ela nunca é aceitável e que se trata de um crime e um prejuízo social, sendo necessário lutar afincadamente contra ela. Tanto a nível político, institucional, ético e moral”, refere o documento do organismo católico, sublinhando que só em 2018, em Castelo Branco, o Núcleo Distrital de Apoio à Vítima assinalou 170 agressões.

O texto fala numa “situação horrorosa”, pedindo que a sociedade e o Governo respondam a “hediondos crimes que têm contribuído para muitos hediondos homicídios”.

A comissão diocesana assinala a maior consciência, na opinião pública de superar a tentação de “fechar os olhos” perante estes casos, numa sociedade “agressiva”.

“Temos de acordar para a gravidade deste fenómeno e discuti-lo na praça pública, face à sua importância criminal e social”, pode ler-se.

O organismo católico sublinha que o “terrível problema” da violência doméstica é “transversal “a todas as classes sociais e estratos económicos.

A nota conclui-se com informações sobre entidades especializadas para “ajudar a encontrar uma solução para esta problemática social”, no espaço abrangido pela Diocese de Portalegre- Castelo Branco.

Segundo a procuradora-geral da República, o “número muito expressivo” de mortes já ocorridas este ano em cenários de violência doméstica torna possível antever um cenário “extremamente preocupante”.

“À tendência de decréscimo registada em 2017 [22 em 2016 e 20 em 2017] sucedeu-se o acréscimo verificado em 2018 (28), seguido este ano, até ao momento e volvidos pouco mais de dois meses, de um número muito expressivo de mortes que torna possível antever um cenário extremamente preocupante no cômputo global do ano”, reconheceu Lucília Gago, durante as últimas comemorações do Dia Internacional da Mulher, no Tribunal da Relação do Porto.

OC

 

Se residir na região de Castelo Branco, pode contactar a NIAVE/NMUME, pelo telefone n.º 272 340 900 ou ainda o Núcleo de Atendimento à Vítima de Violência Doméstica, pelo telefone n.º 272 321 332, na Associação Amato Lusitano.

Encontrando-se na zona de Abrantes, utilize o telefone n.º 241 330 134. E ainda a Associação Vidas Cruzadas, pelo telefone 241 364 572.

Se residir na Zona de Mação, poderá ligar para o Gabinete de Apoio à Vítima Doméstica, pelo n.º de telefone, 241 571 541.

Por sua vez, na cidade de Portalegre, na Junta de Freguesia de Montalvão encontra-se um Gabinete disponível para o Atendimento de Apoio à Vítima, pelo telefone n.º 245 741 313 e ainda a NAVE a pode ajudar pelo telefone 245 609 320 e, mais ainda, a Cruz Vermelha, pelo telefone 245 366 077.

No Alto Alentejo, tem à sua disposição o GAV (Alentejo Oeste) que atende pelo telefone n.º 242 094 732 os residentes nos concelhos seguintes: Ponte de Sor, Alter do Chão, Crato, Gavião e Nisa.

Todas estas estruturas dispõem ou encaminham para apoio psicológico, jurídico e social e que a linha de Apoio à Vítima (chamada gratuita) se encontra disponível, nos dias úteis das 9 às 21horas, através do n.º 116.006.

Comissão Diocesana Justiça e Paz de Portalegre-Castelo Branco

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