JMJ Lisboa 2023: «Nenhum jovem deixa de poder participar na jornada por razões económicas» – D. Américo Aguiar (c/fotos e vídeo)

A um ano do encontro mundial, presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 espera que a jornada seja «das mais participadas» e das mais sustentáveis, quer «económica como ecologicamente»

Lisboa, 07 ago 2022 (Ecclesia) – O presidente da Fundação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, disse à Agência ECCLESIA que a iniciativa é para “todos os jovens” e espera que, apesar das dificuldades económicas”, seja “das mais participadas”.

“Temos dificuldades, como todos os portugueses e como todos os povos do mundo inteiro também terão, em encontrar soluções para poder participar e isso é qualquer coisa a que somos sensíveis, que nos ajuda a pensar em soluções alternativas para que possam responder ao que é necessário. Por tradição nenhum jovem deixa de poder participar na jornada por razões económicas”, referiu D. Américo Aguiar.

Em entrevista ao programa ’70×7′ deste domingo (RTP2, 17h30), o bispo auxiliar de Lisboa disse que, apesar das várias “condicionantes”, espera que que a JMJ Lisboa 2023 seja participada por jovens de todos os países do mundo.

Gostaríamos que a jornada de Lisboa fosse das mais participadas. É o nosso desejo, apesar das condicionantes que são várias e por isso não temos ideia se vamos conseguir ou não.Temos outro objetivo que é tentar que venham jovens de todos os países do mundo, isso também gostaríamos que fosse possível acontecer. A partir daí, temos que gerir aquilo que são as expectativas”.

O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 revelou ainda que gostava que, ao sair de Portugal, cada jovem possa levar “uma experiência positiva” através do encontro com os outros jovens e que, “cada português e cada comunidade”, também sentissem como um “desafio ganho”.

“Desta vez o desafio não é viajar para o estrangeiro. Desta vez somos nós que vamos acolher em nossa casa os jovens! E eu peço isso aos nossos jovens, aos nossos párocos, às nossas comunidades, que vejam essa alegria da descoberta: somos nós que recebemos em nossa casa, nas nossas famílias, nas nossas comunidades”, indica o entrevistado.

Foto: Agência ECCLESIA/HM

D. Américo Aguiar lembrou que o povo português “deu novos mundos ao mundo” e deseja que a Jornada possa recriar essa experiência.

“A partida, o envio que o Papa fará à juventude do mundo inteiro, a partir de Lisboa, poderá ser também caminhos novos para o mundo, depois de tantas provações a que fomos sujeitos nesses últimos tempos”, assume. 

Olhando a organização da JMJ Lisboa 2023, dividida por várias direções do Comité Organizador Local (COL) tais como a financeira, logística, caminho 23, pastoral, diálogo e proximidade, comunicação, acolhimento e voluntariado, o bispo responsável refere que esta é uma “organização sustentável, quer económica como ecologicamente”. 

O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 valoriza ainda a “função futura” do espaço “Parque Tejo”, onde vão decorrer os eventos finais da JMJ, nomeadamente a Vigília e Missa de envio, que será transformado num parque ribeirinho, em Loures.

“O espaço utilizado terá uma função futura: vai nascer aqui um parque enorme para fruição da população de Lisboa e Loures e de todos os portugueses e, pela primeira vez Loures, vai ter uma frente de Tejo”, recorda.

Perante as denúncias de casos de abuso sexual conhecidos ultimamente, D. Américo Aguiar entende que o “momento é de oportunidade” na união ao Papa Francisco, que pede “transparência total e tolerância zero”.

O responsável adianta ainda que espera chegar “aliviado e feliz” ao dia 7 de agosto de 2023, após a edição da JMJ de Lisboa, com sentimento dos portugueses “terem sido capazes” e ajudarem a mudar a juventude do mundo inteiro, “enviados às suas terras, depois de terem aprendido o que é a saudade”. 

PR/SN

Foto: Agência ECCLESIA/HM

 

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