JMJ 2023: «Árvores são símbolos do transcendente que olham o céu e procuram a luz» – reitor da Universidade de Lisboa

Cerimónia de plantação de árvores inter-religiosa aconteceu no Jardim Botânico

Foto: JMJ Lisboa 2023/José Ferreira

Lisboa, 03 ago 2023 (Ecclesia) – O jardim botânico tropical José Ferreira, em Lisboa, acolheu uma cerimónia inter-religiosa de plantação de árvores, “símbolos do transcendente que olham o céu e procuram a luz”. 

“As árvores são símbolos do transcendente que olham o céu e procuram a luz, as árvores que continuarão aqui quando nenhum de nós cá estiver para contar a história deste gesto que hoje realizamos porque o seu tempo é mais lento e configura o desejo de eternidade”, disse o  reitor da Universidade de Lisboa, Luís Anjos, na cerimónia. 

A cerimónia aconteceu esta quarta-feira, um “momento cheio de significado” pelo simbolismo do encontro entre as religiões.  

“As árvores representam as religiões aqui presentes, gesto de paz e de diálogo, desde logo ecuménico que configuram, árvores que nasceram de uma semente que é promessa de vida”, referiu. 

O padre Peter Stilwell, diretor do Departamento de Relações Ecuménicas e Diálogo Inter-religioso do Patriarcado de Lisboa, afirmou que lhe tocou profundamente este “encontro entre amigos”.

A cerimónia de plantação de árvores está associada a seis grandes famílias religiosas – Taoísmo, Hinduísmo, Budismo, Judaísmo, Cristianismo e Islão que foram associadas a “árvores como o pessegueiro, ficu, ficus religioso, oliveira e tamareira”.

O cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, associou-se à cerimónia, depois da celebração de vésperas no Mosteiro dos Jerónimos com o Papa Francisco, e relacionou o momento. 

“Creio que o universalismo representado no Mosteiro dos Jerónimos também está aqui representado neste jardim, com árvores de toda a parte do mundo, que são apelos ao universalismo como encontro de culturas, religiões e povos”, afirmou na sua intervenção. 

D. Manuel Clemente destacou ainda como “um lugar significativo também para o que se anuncia”, como “uma sociedade de companheiros, com tudo o que trazem e acabarão por fazer um mundo mais próximo e onde todos se sintam em casa”. 

A Jornada Mundial da Juventude, que Portugal recebe pela primeira vez, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes durante cerca de uma semana, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa.

Até hoje houve 14 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com uma celebração anual em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

PR/SN

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