Itália: Papa assinalou beatificação de religiosa assassinada por adolescentes

Irmã Maria Laura Mainetti foi esfaqueada em ritual satânico

Cidade do Vaticano, 07 jun 2021 (Ecclesia) – O Papa assinalou este domingo a beatificação da irmã Maria Laura Mainetti, morta há 21 anos por “três jovens influenciadas por uma seita satânica” e reconhecida como mártir pela Igreja Católica.

“A crueldade! Logo ela, que amava os jovens mais do que tudo, amava e perdoava aquelas mesmas meninas que eram prisioneiras do mal”, indicou Francisco, após a recitação da oração do ângelus, perante os peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

A beatificação foi celebrada em Chiavenna, na Diocese de Como, no norte da Itália, sob a presidência do cardeal Marcello Semeraro, prefeito da Congregação da Causa dos Santos.

O altar da celebração tinha um relicário, com uma pedra manchada de sangue, recolhida no local do martírio da religiosa, informa o portal de notícias do Vaticano.

“A irmã Maria Laura deixa-nos o seu programa de vida: ‘Fazer tudo com fé, amor e entusiasmo’. Que o Senhor nos dê a todos fé, amor e entusiasmo”, referiu o Papa, que pediu uma salva de palmas para a nova beata.

Maria Laura Mainetti, religiosa da Congregação das Filhas da Cruz, nasceu em Colico, na província de Lecco, Itália, em 20 de agosto de 1939, e foi assassinada em Chiavenna (Itália) por “ódio à fé”, a 6 de junho do ano 2000.

A nova beata dedicou-se à educação, formação e assistência espiritual e material de crianças e adolescentes.

Na noite da sua morte, a religiosa recebeu um telefonema de uma adolescente a pedir ajudar por, alegadamente, ter engravidado na sequência de uma violação.

O Ministério Público Italiano viria a determinar que o telefonema foi inventado, com o objetivo de atrair a irmã Maria Laura Mainetti para o local do crime.

Após terem cumprido penas entre os oito anos e meio e os 12 anos e quatro meses de prisão, as três homicidas, menores de idade na altura do assassinato, foram libertadas.

OC

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