Igreja/Portugal: Património «tem que ser preservado, conservado e comunicado», destaca diretora do Secretariado dos Bens Culturais

Fátima Eusébio afirma que «abrir os espaços não basta, é preciso que sejam acolhedores, acolhedores em termos humanos»

Foto: Agência ECCLESIA/CB

Lisboa, 28 fev 2024 (Ecclesia) – A diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja (SNBCI), da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), disse hoje à Agência ECCLESIA que a presença do património religioso “é inevitável” mas “tem que ser preservado, conservado e comunicado”.

“Ao abrirmos um espaço, temos de nos preocupar que esse espaço tenha uma intervenção qualificada, para ser disponibilizado ao público. Mas quando falamos na conservação, também temos que falar na comunicação e temos que aprender realmente a valorizar a parte de comunicar os bens culturais”, disse Fátima Eusébio, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) 2024.

Sobre a comunicação, a diretora do SNBCI assinalou que passa, muitas vezes, “até no processo formativo de quem vive aqueles espaços”.

“Que olhemos para este património, consigamos dizer realmente aquilo que é o seu enquadramento, o enquadramento do ponto de vista histórico e artístico, que também os guias turísticos saibam comunicar o que é que este património simboliza”, desenvolveu.

“Simboliza para a Igreja e simboliza naquilo que é a sua função dentro daquele espaço. E isso é muito importante porque não é só uma questão redutora da catequese, é uma questão de mostrarmos aquilo que é a identidade da Igreja, aquilo que é proposta da Igreja para a humanidade”, acrescentou Fátima Eusébio.

Segundo a diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, se deixarem de fora essa vertente de perceber aquilo que o património tem para comunicar estão, “no fundo, a reduzir este património àquilo que é a sua materialidade e ao valor histórico e artístico, e ele é muito mais do que isso”

Foto Agência ECCLESIA/CB

Fátima Eusébio, que está a participar na BTL 2024, que abriu portas esta quarta-feira, 28 de fevereiro, na Fil – Feira Internacional de Lisboa, explicou que também é preciso apresentar os bens culturais da Igreja “de forma qualificada”, porque “abrir os espaços não basta”.

“É preciso que esses espaços sejam acolhedores, sejam acolhedores em termos humanos, porque a Igreja continua a ser um espaço vivo, por isso continua a haver as celebrações, etc. Também esta é uma oportunidade de acolhermos, mostrarmos que sabemos acolher bem, e depois os espaços estarem devidamente conservados e devidamente preservados, que é algo também que é muito importante”, realçou a diretora do Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja da CEP.

A Igreja Católica em Portugal está presente na Bolsa de Turismo de Lisboa, através de dois organismos da Conferência Episcopal Portuguesa, a Pastoral do Turismo – Portugal e o SNBCI, até domingo, 3 de março, no espaço dedicado ao ‘Turismo Religioso’.

CB

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