Igreja/Portugal: Participantes da Jornada Mundial da Juventude convidados a «descobrir o 25 de Abril»

Lisboa, 24 jul 2023 (Ecclesia) – A Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril promove três iniciativas destinadas aos peregrinos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2023, entre 25 de julho e 4 de agosto, em Lisboa.

“A queda da ditadura em Portugal assinala o início de uma Terceira Vaga de transições para a democracia. Seguem-se a Grécia, a Espanha e vários países da América Latina, como o Chile, a Argentina ou Brasil, e, já na década de 1980, a Europa de Leste. Também por esta circunstância, todos são bem-vindos a tomar como suas as comemorações, assumindo os 50 anos do 25 de Abril como seu património”, explica a comissária-executiva da Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril.

Segundo Maria Inácia Rezola, quando, em 1974, “um grupo de jovens capitães desencadeia um golpe de estado que, em menos de 24 horas, derruba uma longa ditadura, tem início um processo que ultrapassa as fronteiras nacionais, e cujo mérito histórico é inegável”.

A Comissão Comemorativa informa que vai repor a mostra expositiva ‘A Paz é possível. A Vigília da Capela do Rato e a contestação à Guerra Colonial’, desta vez no Palácio da Independência, na Sala Instituto D. Antão de Almada, situado no Largo de São Domingos, junto ao Rossio, a partir desta terça-feira, 25 de julho.

Segundo a organização, os visitantes vão encontrar nesta exposição fotografias, recortes de imprensa, documentos arquivísticos, entre outros materiais, e conhecer “alguns momentos e aspetos da contestação de setores católicos à ditadura e à Guerra Colonial”.

A exposição ‘A Paz é possível. A Vigília da Capela do Rato e a contestação à Guerra Colonial’, de entrada livre, entre as 10h00 e as 18h00, até dia 4 de agosto, destacam-se acontecimentos como a ‘Vigília pela Paz’, organizada na igreja de S. Domingos, em 1968, e a Vigília da Capela do Rato, de 1972.

Para que os participantes da JMJ 2023 possam “saber mais sobre este momento histórico” da sociedade portuguesa, a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril promove também visitas guiadas ao Quartel do Carmo e ao Museu da GNR (Guarda Nacional Republicana), entre 1 e 4 de agosto.

Intitulada ‘Dentro do Quartel’, as sessões desta iniciativa realizam-se em português e em inglês, com a inscrição prévia, e vários horários: dia 1 (das 11h30 às 13h00 e das 14h00 às 15h30); dia 2 (das 14h00 às 15h30 e das 15h30 às 17h00), e nos dias 3 e 4 (15h00 – 16h30).

“Foi no Quartel do Carmo que, no dia 25 de abril de 1974, se refugiou o presidente do conselho, Marcelo Caetano, e onde se deu a sua rendição, depois de as forças comandadas pelo capitão Salgueiro Maia terem sitiado o local”, contextualiza a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril.

Para o Cinema São Jorge, e inserida na programação do Festival da Juventude da Jornada Mundial da Juventude, está reservado o documentário «Um gesto de liberdade – ‘Guerra e Paz’ na Capela do Rato», sobre o protesto pacífico que, há 50 anos, “abalou a aliança entre a Igreja Católica e o Estado Novo”,

Este documentário da RTP, da autoria de Jacinto Godinho e de Carlos Oliveira, vai ser exibido no dia 2 de agosto, às 20h30, a entrada é livre, mas sujeita à lotação da sala de cinema na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

No dia 14 de dezembro de 2022 foi descerrada uma placa comemorativa que assinalou meio século da Vigília da Capela do Rato; uns dias antes, 8 de dezembro, foi inaugurada a mostra expositiva ‘A Paz é Possível. A vigília da Capela do Rato e a contestação à Guerra Colonial’, na igreja de São Domingos, em Lisboa.

CB/OC

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