Igreja/Abusos: D. José Cordeiro afirma «dor e sofrimento» e intenção de fazer da «Igreja, lugar de reconciliação e respeito»

«É com dor e sofrimento que escutamos a voz dos que sofrem das vítimas de tantos abusos e de todos os tipos» disse arcebispo de Braga

Foto: Agência ECCLESIA/MC

Fátima, 18 fev 2023 (Ecclesia) – D. José Cordeiro afirmou hoje à Agência ECCLESIA os esforços a desenvolver para que a Igreja seja um lugar de “reconciliação, de vida saudável, de encontro, fraternidade e respeito”.

“Tudo deveremos fazer para que a Igreja seja este lugar de reconciliação, um lugar da vida saudável e sobretudo, nesta compaixão de uns para os outros, criando mecanismos de cultura de cuidado, do encontro, da fraternidade, do respeito e sermos o que somos chamados a ser, a Igreja que Jesus quer e espera de nós”, afirmou o arcebispo de Braga.

A Igreja Católica recebeu esta semana o resultado do trabalho que a Comissão Independente para o estudo dos abusos sexuais de crianças na Igreja em Portugal, que validou 512 testemunhos de vitimas de abusos sexuais entre 1950 e 2022.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) afirmou que o relatório sobre abusos sexuais na Igreja Católica “exprime uma dura e trágica realidade” e disse que a Igreja Católica não vai tolerar “abusos nem abusadores”.

“É com dor e sofrimento que escutamos a voz dos que sofrem das vítimas de tantos abusos e de todos os tipos: sexuais, de poder e consciência. É na atitude de conversão pessoal, pastoral e missionária que devemos prosseguir com, humildade que é o mesmo que dizer, andar na verdade – que é a verdade que nos liberta – e enfrentar as consequências deste relatório duro e trágico que manifesta a realidade da Igreja em Portugal, nos últimos 70 anos em cada diocese”, explicou.

D. José Cordeiro referiu que o relatório tem de ser alvo de uma reflexão para que se possa “assumir as consequências”.

“Em Braga já o fizemos no âmbito do conselho presbiteral, e assumir as consequências que daqui advêm, para que a Igreja seja cada vez mais um lugar seguro, sadio, lugar de reconciliação, do perdão, da conversão e do acompanhamento de todos, mas de forma especial dos mais pequenos, vulneráveis e de todos aqueles a que somos chamados a ser presença de Cristo, bom samaritano”, afirmou.

HM/LS

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