Papa falou aos jornalistas da sua nomeação como bispo há 25 anos
Octávio Carmo, jornalista da Agência ECCLESIA
Roma, 13 mai 2017 (Ecclesia) – O Papa Francisco regressou hoje a Roma, pelas 19h20 locais, após uma visita de dois dias a Fátima, na qual recordou um 13 de maio especial, quando recebeu a sua nomeação como bispo, em Buenos Aires.
“Não tinha pensado na coincidência, apenas ontem (sexta-feira), enquanto rezava diante de Nossa Senhora, me lembrei de que a 13 de maio recebi esse telefonema do núncio, há 25 anos”, referiu, na conferência de imprensa durante o voo que partiu de Monte Real, Concelho de Leiria.
Francisco explicou o que pensou durante os oito minutos que passou, em silêncio, diante da imagem da Capelinha das Aparições, na tarde de sexta-feira.
“Falei um pouco com Nossa Senhora sobre isto, pedi desculpa pelos meus erros, também algum mau gosto para escolher pessoas. Mas ontem lembrei-me disso [nomeação episcopal]”, confessou.
Questionado sobre a relevância de Fátima nos dias de hoje, Francisco sublinhou que esta “tem certamente uma mensagem de paz, levada à humanidade por três grandes comunicadores”, os pastorinhos.
O Papa observou que, quando se programou a viagem a Portugal, a canonização de Francisco e Jacinta “não estava programada, porque o processo do milagre estava em andamento”, mas de repente as perícias “foram todas positivas e acelerou-se”.
“Para mim foi uma felicidade muito grande”, admitiu.
Francisco disse ainda que a oração que proferiu na Capelinha das Aparições, ao chegar à Cova da Iria, chegou do Santuário de Fátima, tendo o próprio Francisco procurado saber a que se referia a imagem do “bispo vestido de branco”, ligada à terceira parte do segredo.
“Há uma ligação ao branco: o bispo de branco, a Senhora de branco, a alvura branca da inocência das crianças após o Batismo”, explicou.
Segundo o Papa, esta ligação à cor branca evoca “o desejo de inocência, de paz, de inocência, de não fazer ao mal aos outros, não fazer guerra. Isto é a paz”.
Já em relação ao segredo de Fátima, Francisco disse que o cardeal Joseph Ratzinger, na altura prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé”, hoje Papa emérito Bento XVI, “explicou tudo claramente”, numa alusão ao comentário teológico de 2000.
OC