Fátima: Cursilhos de Cristandade em crescimento onde «cristianismo e catolicismo é minoritário»

D. Francisco Senra Coelho destacou presença de 9 mil pessoas de 39 países na Cova da Iria

Fátima, 08 mai 2017 (Ecclesia) – O diretor espiritual do Organismo Mundial do Movimento dos Cursilhos de Cristandade mostrou-se feliz pela participação de nove mil pessoas, de 39 países, na Ultreia Mundial em Fátima, com grupos “onde o cristianismo e o catolicismo é minoritário”.

Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Francisco Senra Coelho deu como exemplo a participação de pessoas de países como a Coreia do Sul, na Ásia, e de comunidades onde o movimento está a “começar a implementação, como a Guiné-Equatorial”, em África.

“Quando nos encontramos e fazemos a experiência de que estamos todos, porque Cristo está no meio, há uma revitalização, um ganhar alma, ânimo, e uma capacidade de sentir que somos de facto a linha da frente mas há uma retaguarda muito grande”, desenvolveu.

O Movimento laical dos Cursilhos de Cristandade promoveu em Fátima a sua quinta Ultreia Mundial, entre 4 e 6 de maio.

O diretor espiritual do Organismo Mundial do Movimento dos Cursilhos de Cristandade recordou também a situação da Venezuela e destacou a presença de um grupo do país da América do Sul e observou que de Cuba não participou ninguém apesar das “várias mensagens de apoio aos cursilhistas”.

“São sinais de provação onde percebemos que as mudanças por vezes são mais de cartaz do que de facto. A liberdade está muito longe de ser realidade em muitas partes do mundo”, acrescentou.

D. Francisco Senra Coelho disse também que a Europa é um continente cujo cristianismo “começa a fazer muitas travessias de diáspora” e, embora, os cristãos não sejam perseguidos “são provados” e destacou a presença em Fátima de grupos da Holanda, República Checa e a Croácia e onde o movimento está a implementar-se como a Ucrânia e a Polónia.

Do programa da V Ultreia Mundial constou também a consagração do movimento a Nossa Senhora de Fátima, na Capelinha das Aparições, com a presença do cardeal-patriarca de Lisboa.

D. Manuel Clemente disse à Agência ECCLESIA a que os Cursilhos causam “impacto” através de uma experiência de “primeiro anúncio”, do essencial cristão: “A vitória de Cristo sobre a morte participada numa comunidade com tempo para pensar, para ouvir testemunhos, tempo para rezar, e para testemunhar”.

“Anúncio formal, não teórico, não abstrato mas experiencial, forte. Isto é a força dos cursilhos e que depois dão às comunidades e à Igreja em geral e ao mundo”, desenvolveu.

Já o diretor espiritual do Organismo Mundial do MCC explicou que o movimento tem palavras-chaves como “pessoa, amizade, liberdade” e “ambiente” que é a vida profissional, de amizade, social e desportiva de cada pessoa.

D. Francisco Senra Coelho referiu que o movimento é ambiental não apenas no sentido ecológico, “na dimensão da biodiversidade”, mas também ecologia humana.

“O cristão que vive um curso de cristandade é convidado a levar esta saudável relação de amizade que na intimidade é capaz de compartilhar o segredo da vida aos ambientes da vida, aos ambientes sociais, culturais”, sublinhou o prelado, assinalando que o carisma é “o anuncio do fundamental cristão”, “o Kerigma, para depois ser fermento no mundo”.

‘É hora dos cursilhos’ foi o tema da quinta edição da Ultreia Mundial dos Cursilhos de Cristandade que se realiza de quatro em quatro anos.

Em Fátima, às nove mil pessoas – cinco mil portugueses e quatro mil cursilhistas de 38 países – juntou-se o cardeal brasileiro D. João Brás de Aviz como enviado do Papa Francisco.

HM/CB

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