Do silêncio e da vida fraterna das Monjas de Belém à arte multimédia na JMJ, com Isabel Novais – Emissão 13-04-2023

 

Atraída pela simplicidade de vida e pelo absoluto, Isabel Novais foi Monja de Belém durante cerca de 13 anos. Dentro do mosteiro de clausura descobriu que as irmãs eram felizes e que o silêncio e solidão que conduziam os dias eram um caminho para a relação com Deus.
Em Sesimbra, durante quatro anos, e depois em França, conheceu o coração da Igreja, descobriu a beleza da liturgia, fez beleza com as suas mãos nas diversas artes que a monjas produzem.
Um dia sentiu que o seu lugar não era mais ali, mas mantém hoje a certeza que aqueles anos foram os melhores na sua vida.
Isabel Novais emprega hoje os seus dons na organização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, apresentando este grande encontro ao mundo.

«Quando me perguntam porque fui para o mosteiro eu digo: «Pela mesma razão pela qual as pessoas casam». Se há coisa que não me acontece é arrepender-me. Valeu tudo a pena. Se hoje voltasse atrás e se Deus me mostrasse que iria para o mosteiro e ia sair depois sem nada, eu ia na mesma. Não perdi, eu só ganhei».

«A liturgia católica romana, dentro do mosteiro da família das Monjas de Belém, conciliam os dois ritos, os dois pulmões da Igreja. Isso traz muito. A liturgia faz entrar no mistério e na comunhão fraterna. Cantarmos juntas, seguir o outro é um momento de comunhão, mesmo que não haja conversa. Ali, tudo converge para o mesmo»

«O que a minha vida poderá dizer é que vale a pena arriscar em Deus. Só ficamos a ganhar. A experiência que eu tenho é que se deve arriscar perante um pequeno convite de Deus. Foi o que experimentei toda a minha vida. Não estou arrependida de ter saído, mas tudo faz parte de um projeto maior de Deus»

«O facto de vivermos este tempo de preparação (da Jornada Mundial da Juventude), todos os dias reunimos no Ângelus (oração do meio-dia); celebrámos missa em conjunto na Semana Santa, rezámos as Laudes. Criamos um ambiente para vivermos um encontro. É um pedaço de Igreja. Constantemente há grupos a passar. Estamos a preparar um encontro mas nós já nos estamos a encontrar»

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