Caridade perfeita não é dar do supérfluo, mas o que nos faz falta

No contexto da Campanha da Fraternidade da Igreja no Brasil neste tempo de Quaresma, o Cardeal Eusébio Scheid, chamar a atenção para a ajuda material à região amazónica, afirmando que “a caridade mais perfeita não é dar do supérfluo, mas dar o que nos faz falta”. Segundo o Arcebispo do Rio de Janeiro, “o auxílio de ordem material é imprescindível àquela região”. A Campanha da Igreja no Brasil discute precisamente o tema “Fraternidade e Amazónia”. D. Eusébio recorda que a Amazónia é uma região muito grande e com características muito variadas. Composta por 10 estados, a sua população compreende 23 milhões de habitantes, entre os quais estão 163 povos indígenas, representados por 208 mil pessoas. “Infelizmente, muito poucas, se levarmos em conta a população nativa, na época do descobrimento”, recorda o arcebispo. O Cardeal afirma que o primeiro objectivo da Campanha da Fraternidade é conhecer melhor a Amazónia. “É preciso encontrar critérios, que nos possibilitem comparar a Amazónia com a nossa realidade local”. “Conhecer a Amazónia, ir em missão, abraçar o ideal do seu desenvolvimento, lutar por uma melhor qualidade de vida para o seu povo, tudo isto requer que nos debrucemos sobre a sua cultura”, aponta D. Eusébio Scheid. Outra atitude fundamental, segundo o arcebispo do Rio de Janeiro, é denunciar as agressões que são infligidas àquela região. “Mas não basta denunciar. É preciso propor mudanças, apresentar novas propostas e apontar o melhor caminho”. “Existem projectos, programas, e instituições dedicados à Amazónia. É importante conhecê-los, para avaliar a viabilidade das suas iniciativas, apoiar as que merecerem a nossa ajuda, e associar-nos a elas, enviando missionários e peritos, quando necessário”. O Cardeal aponta ainda a necessidade do auxilio material à região. “Não nos podemos omitir em oferecer auxílio, mesmo privando-nos do necessário. Mas nem tudo do que usufruímos é tão necessário assim. De quanta coisa supérflua, muitas vezes, nos sobrecarregamos.» «A caridade mais perfeita não é dar do supérfluo, mas o que nos faz falta. Isto leva-nos a experimentar o verdadeiro sentido do jejum quaresmal, que não representa, apenas, uma norma da Igreja. Fundamenta-se antes no próprio espírito da Sagrada Escritura e no exemplo de nossos antepassados, que devemos conservar, como um legado sacro e exemplo de sacrifício”, afirma. Com Agência Zenit

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