Ano Missionário: Uma missão em Moçambique é a primeira morada do casal Rui e Susana

Após o casamento, integram a equipa missionária da Arquidiocese de Braga na Diocese de Pemba

Foto Agência ECCLESIA/PR, Rui Vieira e Susana Magalhães

Braga, 01 out 2018 (Ecclesia) – Rui Vieira e Susana Magalhães casaram em setembro, em Braga, e decidiram viver o primeiro ano em Moçambique, na missão de Ocua, onde integram a equipa missionária do projeto de cooperação ‘Salama’.

“Em breve seguiremos a nossa missão noutro país. Será Moçambique a nossa primeira casa e nela seremos fiéis ao Teu chamamento. Levamos todos connosco e esta missão é também vossa”, disseram no dia do casamento, na Capela da Imaculada Conceição, em Braga, aos familiares e amigos.

Para Susana Magalhães, a “missão enquanto casal” vai decorrer, no primeiro ano, em Moçambique, e depois continua em Portugal ou onde forem chamados a contribuir para “um mundo melhor”.

Rui Vieira disse à Agência ECCLESIA que o casal sente-se chamado a “partir em missão”, num projeto que foi “pensado, falado, discernido e rezado”, referindo que a vocação do casal, neste momento, é de disponibilidade para o projeto do Centro Missionário Arquidiocesano Braga.

A Arquidiocese de Braga e a Diocese de Pemba assinaram um acordo de cooperação em 2014, concretizado no projeto ‘Salama’, que prevê o envio de equipas missionárias para Ocua, constituídas por sacerdotes e por leigos, a colaboração na formação de seminaristas de Pemba em Braga e na formação de dirigentes escuteiros.

“São duas emoções ao mesmo tempo: o casamento e o saber que o pós casamento também é de alguma forma especial. Por isso, uma alegria muito grande por saber que estamos juntos e saber que vamos permanecer assim, a três, como dizíamos, nós e Deus. E assim sabemos que vai correr tudo bem”, disse Susana Magalhães.

Para Rui Vieira, as emoções no dia do casamento foram muitas, vividas numa “alegria imensa”, também pela oportunidade de partir em missão, que considera “parte de um caminho pensado.

“O projeto é apadrinhar a paróquia de Santa Cecília de Ocua. O trabalho irá ser nesse âmbito pastoral, no que tenha a ver com a vida da paróquia. Para além disso, há projetos na área social, nomeadamente um projeto na área da agricultura, da saúde e na área da educação”, adiantou Rui Vieira.

“Não deixa de ser uma decisão diferente e ousada , mas confiante e muito acertada”, sustentou Susana Magalhães.

Para D. Jorge Ortiga, a partida da equipa missionária de Braga para Pemba é “um dom” para a Igreja diocesana e um momento de “ação de graças” pela partida de leigos missionários.

“Este é um momento de ação de graças a Deus, num ambiente tão negativo e tão pessimista, em relação ao mundo e particularmente em relação à Igreja, verificar que há jovens que sentem este apelo de não apenas seguir Jesus Cristo, mas fazer com que outros também o sigam, e partem para longe, numa situação de casados”, afirmou o arcebispo de Braga.

Para além dos leigos missionários, a equipa missionária é constituída também pelo padre Paulino Carvalho, que pelo segundo ano está em missão em Moçambique.

A história de Rui e Susana, assim como o projeto de cooperação missionária da Arquidiocese de Braga, passa no programa Ecclesia desta terça-feira, na RTP2, pelas 15h00.

Entre outubro de 2018 e outubro de 2019, a Conferência Episcopal Portuguesa promove Ano Missionário especial em todas as dioceses do país, respondendo a uma iniciativa do Papa Francisco.

“Ao longo deste Ano Missionário, de outubro de 2018 a outubro de 2019, façamos todos – bispos, padres, diáconos, consagrados e consagradas, adultos, jovens, adolescentes, crianças – a experiência da missão. Sair. Irmos até uma outra paróquia, uma outra diocese, um outro país em missão, para sentirmos que somos chamados por vocação a sermos universais”, refere a Nota Pastoral ‘Todos, Tudo e Sempre em Missão’, divulgada na solenidade de Pentecostes, em maio deste ano.

PR

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