Ano da Oração: «Só rezamos porque Deus também reza e nos ensina a rezar» – D. António Couto (c/ vídeo)

Bispo de Lamego proferiu a quinta catequese de preparação para o Jubileu e referiu-se à misericórdia como «o conteúdo da oração de Deus»

Lamego, 14 nov 2024 (Ecclesia) – O bispo de Lamego afirmou hoje na catequese integrada na preparação do Jubileu 2025 que a misericórdia é “o conteúdo” da oração de Deus e convidou cada crente a entrar no “oratório de Deus” para aprender a rezar.

“Só rezamos porque Deus também reza e nos ensina a rezar. A nossa oração enlaça na oração de Deus”, disse D. António Couto na catequese sobre a oração.

A catequese do bispo de Lamego foi proferida no Mosteiro de Nossa Senhora da Eucaristia, das Monjas Dominicanas, e integra-se no Ano da Oração, que prepara o Jubileu 2025, durante o qual a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) está a promover a apresentação dos temas propostos pelo Vaticano.

O Dicastério para a Evangelização, da Santa Sé, preparou oito ‘Apontamentos sobre a Oração’ como apoio à vivência deste ano, apresentados através de catequeses proferidas por diferentes bispos diocesanos.

Em Lamego, D. António Couto afirmou que “o conteúdo da oração de Deus é a sua misericórdia”, sublinhando que “pede a si mesmo que a sua misericórdia seja sempre a sua última palavra”.

Para o bispo de Lamego, Deus reza para que “a sua misericórdia seja sempre a sua última palavra, a chave do seu relacionamento com os seus filhos e filhas” e a oração de cada crente deve ser um “enlace” na oração de Deus.

“Vale a pena entrar no oratório de Deus e surpreende-lo a rezar. Seguramente, começaremos também a rezar. E como a nossa oração enlaça na oração de Deus, a misericórdia e a bondade de Deus vão entrando também em nós e vão tomando conta de nós e vão transformando a nossa vida”, afirmou.

Para D. António Couto, “a verdadeira oração, a oração mesmo, é entrar devagarinho no oratório de Deus, surpreender-se e começar a rezar com Ele e como Ele”.

No âmbito do Ano de Oração, que prepara o Jubileu 2025, a CEP publicou um documento a 19 de maio, na solenidade de Pentecostes, onde convida as comunidades católicas a  preparar o Ano Santo, sob o lema “Peregrinos de Esperança”.

No dia 21 de janeiro, o Papa proclamou um ano de oração para preparar as celebrações do Jubileu 2025, cuja porta santa vai ser aberta no próximo dia 24 de dezembro, na Basílica de São Pedro.

O Jubileu 2025 coincide com os 1700 anos do Concílio de Niceia, que abordou a data da celebração da Páscoa, e terá uma dimensão ecuménica numa das rotas de peregrinação propostas, o ‘Iter europaeum’, a 28 Igrejas que se referem a 27 países europeus e à União Europeia, com alguns templos de outras comunidades cristãs.

O ano santo de 2025 vai ser o 27.º jubileu ordinário da história da Igreja; o Papa Bonifácio VIII instituiu, em 1300, o primeiro ano santo – com recorrência centenária, passando depois, segundo o modelo bíblico, cinquentenária e finalmente fixado de 25 em 25 anos.

HM/PR

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